Agência France-Presse
postado em 01/09/2011 14:50
Teerã - O Irã pediu nesta quinta-feira ao presidente francês Nicolas Sarkozy que não faça comentários baseados em ;informações errôneas; que podem ameaçar a estabilidade da região, depois do pedido do chefe de Estado francês para que se tome medidas mais fortes contra o controvertido programa nuclear iraniano."Como se disse em repetidas ocasiões, a atividade nuclear iraniana é completamente pacífica e os informes da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmam isso", afirmou o diretor geral de Relações Europeias do ministério das Relações Exteriores iraniano, Hassan Tajik, citado pela televisão estatal. "As atividades de defesa iranianas são todas de dissuasão, e qualquer informação baseada em informações errôneas podem provocar a instabilidade na região, por isso recomendamos que se abstenha de fazer tais afirmações", acrescentou.
Nicolas Sarkozy advertiu na quarta-feira ao Irã sobre a possibilidade de "um ataque preventivo" contra suas instalações nucleares, se a República Islâmica mantiver suas ambições neste âmbito, considerando que uma operação como essa pode provocar "uma grande crise". "Suas ambições militares, nucleares e balísticas representam uma ameaça crescente que poderá levar a um ataque preventivo contra instalações iranianas, que provocará uma grande crise, que a França não quer de forma alguma", declarou durante a conferência anual de embaixadores da França.
O presidente francês não citou os países que poderiam ser tentados a realizar uma operação militar visando instalações nucleares iranianas. Nicolas Sarkozy também pediu um novo reforço das sanções contra Teerã. "O Irã se recusa a negociar seriamente. O Irã faz novas provocações. Frente a este desafio, a comunidade internacional deve dar uma resposta crível. Ela fazer isso se demonstrar unidade, firmeza e que as sanções são ainda mais severas. Cometeríamos um erro se subestimássemos sinais que são a cada dia mais perceptíveis", frisou.
O Irã desenvolveu um ambicioso programa nuclear que, segundo as potências ocidentais, tem objetivos militares. Teerã argumenta que se trata de um programa cujo objetivo é exclusivamente civil.