Agência France-Presse
postado em 01/09/2011 19:02
Paris - A comunidade internacional deve intensificar a pressão sobre o presidente sírio, Bashar al Assad, visando as exportações de petróleo e gás para forçar sua saída do cargo, disse esta quinta-feira (1/9) a secretária de Estado americana, Hillary Clinton."A violência deve cessar e ele (Assad) deve abrir caminho", disse Hillary à imprensa, em Paris, após a conferência internacional de amigos da Líbia. "É preciso aumentar a pressão sobre Assad com novas sanções que apontem ao setor energético da Síria para impedir que o regime tenha fundos para sua campanha de violência", disse ela.
Segundo um porta-voz do Departamento de Estado, a oposição ao regime sírio do presidente Bashar al Assad é cada vez "mais representativa". "Vimos progressos e achamos realmente que estão se transformando em uma entidade mais representativa", comentou Mark Tone.
[SAIBAMAIS]O regime de Assad enfrenta, desde meados de março, protestos quase diários, cuja repressão causou a morte de pelo menos 2.200 pessoas, a maioria civis, segundo a ONU.
Nesta quinta-feira, cinco pessoas morreram nas operações realizadas pelas forças de segurança para reprimir a revolta na Síria, onde os militantes lançaram um novo apelo para convocar manifestações pacíficas contra o regime na sexta-feira.
Apesar da violenta repressão, os manifestantes favoráveis à democracia convocaram os novos protestos para pedir a queda do regime. O lema será "A morte antes da humilhação".
Toner admitiu que a oposição síria ainda está longe de estar tão estruturada quanto a da Líbia, que conseguiu encurralar o líder Muamar Kadafi, que permanece em paradeiro desconhecido.
"A oposição inclui agora em suas fileiras uma grande amostra da sociedade síria e vemos também uma coordenação mais próxima entre os sírios fora da Síria e a oposição dentro da Síria. Mas ainda há um caminho a percorrer", concluiu.