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Sobe para 27 o número de sírios mortos pela repressão nas últimas 24 horas

Agência France-Presse
postado em 03/09/2011 19:26
Damasco - As forças de segurança mataram cinco pessoas neste sábado (3/9) em operações no noroeste da Síria, que se somam às 22 vítimas fatais da sexta-feira em manifestações sob o lema "antes a morte que a humilhação", segundo uma ONG e militantes.

Três homens morreram e outros cinco ficaram feridos em Maarrat Hormé, na região de Idleb, durante uma operação na qual participaram tanques e 50 ônibus que transportavam membros das forças de segurança", informaram os Comitês locais de coordenação (LCC), que encorajam as manifestações contra o regime.

Outro "militante político da cidade de Hama (centro) que se encontrava em Maarrat Hormé também morreu quando o exército abriu fogo contra os civis que observavam os militares que se retiravam do povoado", segundo o LCC.

O quinto óbito ocorreu durante uma operação das forças de segurança em Homs (centro), onde um manifestante ferido na véspera também faleceu neste sábado.

De acordo com o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), a operação em Hama "ocorreu para perseguir pessoas procuradas (...), incluindo o procurador-geral (da cidade) Adnan el Bakkur", que renunciou para denunciar a repressão realizada pelo regime.

Na sexta-feira, os manifestantes foram novamente reprimidos, apesar das crescentes pressões internacionais contra o regime de Bashar al-Assad, em particular as sanções da Europa, que decretou um embargo sobre as importações de petróleo proveniente da Síria. No total, 21 civis foram mortos pelas forças de segurança, que dispararam para dispersar milhares de manifestantes que desafiavam o regime. Nove manifestantes foram mortos na região de Damasco, nove na província de Hama e três na de Deir Ezzor (leste), indicou o OSDH.

Segundo a ONU, a violência no país já deixou ao menos 2.200 mortos desde meados de março, a maioria civis, e, de acordo com militantes, mais de 10 mil pessoas foram detidas.

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