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Partido da chanceler Angela Merkel retrocede em eleições regionais

Agência France-Presse
postado em 04/09/2011 17:42
Berlim - O partido de Angela Merkel retrocedeu neste domingo (4/9) nas eleições de Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental, região da chanceler alemã, mas poderá seguir governando com os social-democratas, que consolidaram sua posição de maior força, anunciaram as redes de televisão alemãs.

Os liberais do FDP, parceiros dos democratas-cristãos (CDU/CSU) de Merkel no governo federal, foram eliminados do parlamento regional ao obter 2,8% dos votos (e não chegar ao mínimo de 5%), dando lugar aos Verdes, que obtiveram representação ao conquistar 8,5% dos votos, segundo as pesquisas de boca de urna.

É a primeira vez que os Verdes estarão representados nos 16 parlamentos regionais da República Federal.

Segundo a televisão pública ZDF, o SPD obteve 36,5% dos votos, 6,3 pontos a mais em relação às eleições anteriores, de 2006, enquanto o CDU conquistou 23,3% dos votos, com uma perda de 5,5 pontos em relação a 2006.

A taxa de participação foi de 53,5%, queda de 6 pontos em relação a 2006.

O chefe do governo regional em fim de mandato Erwin Sellering (SPD) negou-se durante a campanha a dizer se pensava em seguir governando com o CDU ou, pelo contrário, se o faria com a extrema esquerda (Die Linke), que alcançou 18% dos votos.

A extrema direita (NPD) chegou com dificuldade aos 5% dos votos, mas este número será suficiente para que tenha representação parlamentar.

Em fevereiro passado, o CDU perdeu Hamburgo, segunda cidade da Alemanha, e em março entregou o controle do poderoso Estado de Bade-Wurtemberg, que governava há 60 anos. Em maio, o partido de Merkel foi derrotado na Renânia do Norte-Westfalia.

Nas últimas seis eleições regionais, o CDU avançou apenas na Saxônia Anhalt, no leste do país.

A sétima e última eleição regional prevista para 2011 ocorrerá no dia 18 de setembro, em Berlim, onde os social-democratas do prefeito Klaus Wowereit lideram as pesquisas.

O estado de Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental integra o território da antiga Alemanha Oriental e a taxa de desemprego nesta região é duas vezes supeiror à media nacional.

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