Tóquio - O tufão Talas, que varreu o Japão, deixou pelo menos 20 mortos e mais de 50 desaparecidos no oeste do arquipélago, castigado com intensas chuvas e ventos violentos, informaram este domingo meios de comunicação e autoridades.
Com ventos de até 108 km/h, o tufão Talas, que tocou a terra no sábado, fez rios transbordarem e provocou deslizamentos de terra na ilha de Shikoku e na parte oeste de Honshu.
O governo mobilizou equipes de emergência, enquanto que o balanço de vítimas do tufão, um dos mais letais dos últimos anos, subia. Milhares de pessoas ficaram ilhadas e a situação das estradas dificultou a ajuda de socorro.
Segundo a agência de notícias japonesa Kyodo, pelo menos 20 pessoas morreram, mais de 50 estão desaparecidas e 3.600, isoladas pelos deslizamentos de terra ou desabamentos de pontes.
A agência Jiji Press também reportou a morte de 20 pessoas. A televisão nacional NHK havia divulgado, previamente, um balanço de 17 mortos, 43 desaparecidos e 98 feridos.
Umas 30 mil pessoas foram retiradas do oeste do Japão, segundo a agência de gestão de incêndios e catástrofes.
As emissoras de televisão exibiram deslizamentos de terra soterrando casas, enxurradas de lama invadindo ruas e arrastando carros. Algumas cenas lembravam o tsunami de 11 de março, que devastou o nordeste do Japão.
Segundo a agência meteorológica nacional, o tufão avança no domingo rumo ao norte, para o Mar do Japão.
A agência está em alerta para o risco de novas enxurradas, porque o oeste do país registrou fortes chuvas, com mais de 180 centímetros em certas áreas, desde a terça-feira.
Em outubro de 2004, um tufão deixou 98 mortos e desaparecidos no Japão, pouco depois que uma tempestade deixou 46 mortos e desaparecidos em setembro do mesmo ano.