Agência France-Presse
postado em 05/09/2011 10:18
Pelo menos 31 pessoas morreram e mais de 50 permaneciam desaparecidas no Japão após a passagem do tufão Talas, ao mesmo tempo que as equipes de resgate intensificavam os esforços para socorrer as vítimas. As chuvas torrenciais provocadas pelo fenômeno - que atingiu as costas japonesas no sábado - resultaram em cheias de rios, inundações e deslizamentos de terra.Este é o tufão mais violento a atingir o país desde outubro de 2004, quando um fenômeno similar deixou mais de 100 mortos. As imagens de destruição exibidas pelos canais de televisão lembram os cenários posteriores ao tsunami de 11 de março. "Nos esforçamos para voltar a ter a situação sob controle. A energia elétrica está cortada e a destruição das estradas impede que nossos veículos entrem nas zonas afetadas", afirmou uma fonte do corpo de bombeiros da cidade de Tanabe, no município de Wakayama (centro-oeste), o mais afetado.
Em Nachikatsuura, uma ponte ferroviária foi destruída pelas águas, dezenas de casas foram destruídas e carros ficaram amontonados contra os muros. O prefeito da localidade, Shinichi Teramoto, de 58 anos, também foi vitimado. Quando ele coordenava as operações de resgate, sua casa ficou submersa e sua esposa e filha foram levadas pelas águas. O corpo da jovem de 24 anos foi encontrado, mas a esposa continua desaparecida.
As chuvas provocadas pelo tufão Talas em Nara (centro-oeste) em quatro dias foram o equivalente a um ano inteiro de tempestades em Tóquio. Centenas de pessoas permaneciam refugiadas nos centros provisórios, em particular nas prefeituras de Wakayama e Nara. Desde domingo, o tufão procedente do Pacífico abandonou o arquipélago e avançava pelo mar do Japão. As chuvas e ventos fortes, no entanto, continuavam muito fortes, o que dificultava as tarefas de resgate.
A tragédia aconteceu um dia depois da posse do novo primeiro-ministro, Yoshihiko Noda, que sucede Naoto Kan, muito criticado pela gestão após o terremoto e tsunami de 11 de março.