Agência France-Presse
postado em 06/09/2011 15:09
Sydney - A polícia australiana invadiu nesta terça-feira (6/9) um escritório de advocacia onde um homem que dizia ter uma bomba estava entrincheirado com uma menina, pondo fim a uma impasse que fez com que algumas partes de uma zona empresarial de Sydney fossem evacuadas.As autoridades tentaram durante horas convencer o homem de meia-idade a se entregar, enquanto estradas na área de Parramatta, a oeste de Sydney, foram fechadas e os trabalhadores retirados do local, que fica perto da delegacia da Vara de Família da cidade.
Mas após 11 horas, a polícia foi incapaz de resolver a questão pacificamente, invadiu o prédio e prendeu o homem de 52 anos, afirmou o delegado assistente Denis Clifford à Rádio Macquarie.
"Na última parte do tempo em que nós estivemos aqui, as negociações começaram a se quebrar e então a se deteriorar até um estágio em que a polícia tomou medidas para invadir as instalações e levar o homem de 52 anos sob custódia", disse Clifford à imprensa.
"Ele está atualmente ajudando a polícia nas investigações em curso", acrescentou.
Clifford afirmou que a menina estava angustiada, mas saiu ilesa e agora está sendo amparada por familiares.
O homem entrou nos escritórios jurídicos pouco antes das 09H00 com uma menina de 12 anos - que alguns meios de comunicação identificaram como sua filha - e pediu para ver uma pessoa que os funcionários não conheciam, contou um funcionário aos jornalistas. Logo depois, ele afirmou ter uma bomba em sua mochila.
A polícia vinha tratando das ameaças de bomba a sério.
"Houve sempre uma questão de saber se havia um dispositivo na bolsa", disse Clifford.
"No momento nossos técnicos de bomba são, como você pode entender, muito cuidadosos ao examinar a mochila para ver o que está nela", afirmou, acrescentando que a polícia trabalhou na suposição de que a ameaça de bomba era real.
Imagens de uma rede de televisão mostraram um homem de meia-idade sem camisa vestindo uma peruca de juiz e olhando para fora da janela do escritório.
Mais tarde, ele fez um buraco através de um dos painéis de vidro e supostamente soltou uma nota manuscrita.
Uma funcionária do escritório de advocacia afirmou à agência Australian Associated Press que o homem queria ver uma pessoa em particular que nenhum funcionário da empresa conhecia.
"Ele disse que estava procurando por uma determinada pessoa", disse a mulher, que não quis se identificar. "Eu disse que ele não estava aqui, que ele não é um cliente nosso, eu não o conheço".
"Quando eu disse que não havia ninguém aqui com esse nome, ele subiu para o próximo andar do edifício, depois voltou a descer... e perguntou pela pessoa novamente".
"Eu disse, ;Eu estou dizendo que ele não está aqui;. Ele então foi para a frente do prédio e disse ;ligue para o departamento do Procurador-Geral, ligue para (esta pessoa) e diga a eles que tenho uma bomba na minha mochila;".