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Atentados contra o Exército paquistanês provocam ao menos 24 mortes

Agência France-Presse
postado em 07/09/2011 12:08
Quetta - Pelo menos 24 pessoas morreram nesta quarta-feira (7/9) em dois atentados suicidas reivindicados pelos talibãs em Quetta, sudoeste do Paquistão, contra um general de uma unidade do Exército que capturou recentemente um líder da Al-Qaeda.

O Movimento dos Talibãs do Paquistão (TTP), os rebeldes islamistas aliados da rede terrorista Al-Qaeda que executam uma campanha extremamente violenta de atentados no país, reivindicou a autoria dos ataque.

A explosão de um carro-bomba abriu um buraco no muro da residência do general de brigada Farrukh Shahzad, subcomandante da guarda de fronteira (Frontier Corps, FC), uma unidade paramilitar vinculada ao Exército, informou o policial Hamid Shakil.

Pouco depois, um terrorista lançou duas granadas e detonou os explosivos presos ao corpo dentro da casa do subcomandante.

Quetta é a capital da província do Baluchistão. "Vinte e quatro pessoas faleceram, incluindo a esposa do general Shahzad, duas crianças e 11 soldados das FC", afirmou Hamid Shakil.

Outras 44 pessoas, incluindo o general Shahzad, ficaram feridas. Há 10 dias, as FC de Baluchistão participaram na detenção de Yunis al-Mauritani, o comandante das "operações externas da Al-Qaeda", em uma operação liderada pelos Serviços de Inteligência do Paquistão (ISI).

O Exército anunciou a detenção na segunda-feira e informou que ela aconteceu com a ajuda técnica dos serviços de inteligência americanos".

Os atentados foram uma vingança pela prisão de Al-Mauritani, um líder importante e membro do Estado Maior da Al-Qaeda, responsável por planejar atentados nos Estados Unidos, Europa e Austrália.

Osama bin Laden havia solicitado pessoalmente a Al-Mauritani que atacasse os "interesses econômicos dos Estados Unidos", como gasodutos e oleodutos, centrais elétricas, assim como petroleiros, com barcos rápidos lotados de explosivos em águas internacionais, segundo o Exército paquistanês.

A captura constituiu um novo revés para a Al-Qaeda depois da morte de Bin Laden em 2 de maio em uma ação das forças especiais americanas.

A prisão de Al-Mauritani constitui uma clara melhora nas relações entre Islamabad e Washington, muito abaladas desde a operação contra Bin Laden.

Autoridades de Washington acusavam Islamabad - sobretudo o ISI e o Exército - de cumplicidade para proteger Bin Laden, há que o líder terrorista estava escondido a menos de duas horas de estrada da capital.

As zonas tribais do noroeste e algumas do sudoeste são consideradas redutos dos talibãs paquistaneses e o principal santuário da Al-Qaeda no planeta.

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