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Reforma do Conselho de Segurança da ONU deve ser logo, diz ex-secretário

postado em 07/09/2011 17:20
Brasília - A reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) deverá ocorrer ainda nesta década, em parte devido à crescente perda de influência dos países europeus, disse hoje (7) à Agência Lusa Victor Ângelo, ex-secretário-geral adjunto da ONU.

Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, únicos com direito de veto (Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido e França), continuam sendo os herdeiros da nova ordem internacional que emergiu no fim da 2; Guerra Mundial, mas enfrentam novos e crescentes desafios.

;A reforma do Conselho de Segurança da ONU pode ocorrer nesta década e uma das razões é que os países membros permanentes, em especial os europeus, estão perdendo cada vez mais influência em nível internacional e mais cedo ou mais tarde terão de aceitar que o mundo mudou;, disse.

;Neste momento, a aliança entre o Brasil, a África do Sul e Índia é muito forte, tem estado a conjugar esforços, tem uma estratégia comum, os seus interesses coincidem, e por isso vão provavelmente conseguir fazer avançar a agenda de reformas mais rapidamente do que sucedeu no passado;, declarou ainda Victor Ângelo, durante um evento diplomático realizado hoje, em Lisboa.

;É fundamental que países como estes sejam membros do Conselho de Segurança por tudo o que representam em termos de relações internacionais e pelo fato de a sua posição em relação a diversos problemas atuais;, acrescentou.

O funcionamento interno das Nações Unidas e o complexo xadrez das relações internacionais também se mantêm como preocupações prioritárias para o especialista. ;Tenho lutado para que exista mais coordenação entre os diferentes departamentos das Nações Unidas, e entre os diferentes países. É preciso obter uma posição mais coordenada, é preciso harmonizar as intervenções;.

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