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Líbia: CNT pede ao Níger que impeça entrada de Kadafi ao país

Agência France-Presse
postado em 07/09/2011 19:43
Trípoli - As novas autoridades líbias pediram esta quarta-feira, ao Níger, que impeça a entrada em seu território de Muamar Kadafi, foragido após a tomada de Trípoli pelas forças opositoras ao seu regime, enquanto o governo de Niamei insiste que o ex-líder líbio não está no país.

Autoridades nigerinas declararam esta quarta-feira que Kadafi "não está em território nigerino", embora tenham reconhecido "a entrada de três veículos com um total de 14 pessoas a bordo", sem revelar, no entanto, a identidade dos passageiros.

Na terça-feira, um comboio expressivo de veículos civis e militares, uns 200 segundo o CNT, teria entrado no Níger procedente da Líbia, despertando especulações sobre uma possível fuga de Kadafi.

Para Washington, o comboio levava altos funcionários líbios mas, aparentemente o ex-líder líbio não estava no grupo.

De acordo com um alto funcionário americano, que pediu a outros países da região para negarem refúgio a cidadãos líbios procurados, colaboradores do antigo regime que entraram no Níger estão sendo detidos.

Segundo a porta-voz do Departamento de Estado americano, Victoria Nuland, nenhum dos que cruzaram a fronteira líbio-nigerina esta semana constava de uma lista de pessoas afetadas por sanções das Nações Unidas.

"Nossa interpretação é que o comboio incluía alguns militares e altos funcionários do regime que Kadafi liderava", disse Nuland. "Agora, estão sendo mantidos na capital (...) e vigiados de perto por funcionários do Níger", acrescentou.

A porta-voz assegurou, com base em informações fornecidas pelo Níger ao embaixador americano que o grupo incluía de 20 a 25 pessoas e que as informações de um comboio de 200 veículos eram "exageradas".

Segundo ela, Niamei estaria em contato com o Conselho Nacional de Transição líbio para dizer o que fazer com os líbios que entraram no país.

As autoridades nigerinas foram categóricas em afirmar que Kadafi não estava no comboio, informação reforçada por Washington.

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