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Ao menos 2.600 pessoas foram mortas desde o início da repressão na Síria

Agência France-Presse
postado em 12/09/2011 09:25
Genebra - Pelo menos 2.600 pessoas morreram na Síria desde o início da repressão das manifestações contra o regime em meados de março, afirmou nesta segunda-feira em Genebra a Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay.

"A respeito da Síria, segundo fontes confiáveis presentes no local, o número de mortos desde o início da violência em meados de março alcançou pelo menos 2.600", disse Pillay, ao abrir a 18; sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU.

Em 23 de agosto, em uma sessão extraordinária do Conselho de Direitos Humanos, Pillay anunciou um balanço de 2.200 mortos.

Pillay criticou na ocasião o uso de força excessiva e de artilharia pesada contra os manifestantes.

[SAIBAMAIS]Em um relatório divulgado em agosto, uma missão do Escritório do Alto Comissariado para os Direitos Humanos das Nações Unidas estabeleceu uma lista de atrocidades cometidas pelas forças de segurança sírias.

As atrocidades podem ser consideradas "crimes contra a humanidade" e denunciadas ao Tribunal Penal Internacional (TPI), destacou a missão, que não conseguiu entrar na Síria, mas ouviu depoimentos de muitos sírios, incluindo militares desertores e refugiados nos países vizinhos, com exceção do Líbano.

Em Moscou, uma conselheira do presidente sírio Bashar al-Assad, Butheina Chaaban, afirmou no entanto que 1.400 pessoas, entre elas 700 policiais e militares e o mesmo número de civis, morreram na Síria desde março.

"Temos uma lista das vítimas com os nomes e podemos divulgá-la", afirmou, antes de questionar os números da ONU.

Desde 15 de março, a Síria é cenário de um movimento de protesto sem precedentes contra o regime de Assad, que tem sido violentamente reprimido pelas autoridades.

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