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Irã inaugura primeira usina nuclear quase 30 anos após início da construção

postado em 13/09/2011 08:00
Quase três décadas após o começo de sua construção, a primeira usina nuclear do Irã, situada na província de Bushehr, teve suas atividades iniciadas oficialmente ontem. Resultado de uma parceria com a Rússia, a estação ; que passou por um período de testes ; pretende ser totalmente integrada à rede elétrica nacional, enquanto nações internacionais temem por produções secretas de armas nucleares no país.

De acordo com o diretor da Organização da Energia Atômica do Irã, Fereydun Absi, a central de energia será submetida a uma fase de aumento de potência. Absi explicou que os especialistas garantiram a atuação segura das equipes que trabalham no local. Segundo ele, no início do mês, Bushehr já tinha sido conectada em baixa escala ao sistema nacional de energia elétrica, passando a funcionar com 40% de sua capacidade total ; ou mil megawatts de potência.

Apesar de o governo do presidente Mahmud Ahmadinejad negar qualquer intenção em desenvolver armamentos nucleares, países como Israel e os Estados Unidos ; que possuem uma relação tensa e conturbada com o Irã ; temem por uma produção mascarada de artefatos que possam vir a ser usados em uma guerra nuclear.

No início do mês, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), organização ligada às Nações Unidas que visa o uso pacífico de energia nuclear, chegou a afirmar que estava ;crescentemente preocupada; com as chances de o país estar desenvolvendo secretamente componentes para um programa de armamentos nucleares. O receio vem do uso do urânio enriquecido. A substância tem a finalidade de servir de combustível para a geração de energia nos reatores, mas poderia ser utilizada na construção de bombas atômicas.

A assinatura de importantes acordos bilaterais, relacionados à energia nuclear com a Rússia, permitiu a evolução do programa nuclear iraniano, apesar de votos russos favoráveis a sanções contra o Irã no Conselho de Segurança da ONU. O país já foi condenado por seis resoluções, quatro delas mescladas a restrições econômicas e políticas.

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