Agência France-Presse
postado em 15/09/2011 09:46
Ramallah - O presidente palestino, Mahmud Abbas, apresentará no dia 23 de setembro o pedido de adesão de um Estado palestino à ONU, exceto no caso da oferta de uma alternativa "crível", afirmou o ministro palestino das Relações Exteriores, Riyad al-Malki."O presidente apresentará a solicitação no dia 23 às 1h30, exceto no caso de uma proposta crível para a retomada das negociações", disse Malki, em referência aos contatos em curso entre Estados Unidos e os países europeus.
"Nossa prioridade agora é ir ao Conselho de Segurança e pedir nossa admissão".
"Vamos submeter nossa demanda para virar um membro com plenos direitos, mas estamos abertos a qualquer sugestão e ideia, que poderiam vir de qualquer lado, para reiniciar as negociações com bases sólidas, com termos de referência claros, um calendário claro e garantias claras", completou.
"Vamos ver se alguém apresenta uma oferta crível que nos permita considerá-la seriamente".
Israel e Estados Unidos são contrários ao plano de Abbas e defendem um retorno às negociações diretas, que estão totalmente suspensas há um ano.
[SAIBAMAIS]A atividade diplomática é intensa e nesta quinta-feira a chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Catherine Ashton, se reuniu em Jerusalén pela segunda vez com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, antes de retornar a Bruxelas.
Na quarta-feira (14/9), Ashton decidiu prolongar a estadia em Israel para continuar com as consultas. Ela tenta obter uma solução de compromisso para a retomada das negociações.
Representantes americanos - o emissário para o Oriente Médio David Hale e o conselheiro especial do presidente Barack Obama Dennis Ross - também estão na região com o objetivo de tentar convencer os palestinos a não apresentar a demanda.
Mais cedo, o vice-ministro israelense das Relações Exteriores, Danny Ayalon, advertiu que um pedido de adesão à ONU de um Estado da Palestina estabeleceria o fim de todos os acordos com os palestinos.
"Se os palestinos adotarem uma ação unilateral, isto significaria a anulação de todos os acordos, liberando Israel de todos os compromissos. Os palestinos terão a inteira responsabilidade", declarou Ayalon à radio estatal.
O vice-chanceler se negou, no entanto, a detalhar as medidas de represália que seriam adotadas por Israel.