postado em 15/09/2011 14:46
Em visita à Líbia, nesta quinta-feira(15/9), o presidente francês, Nicolas Sarkozy, e o premiê britânico, David Cameron, elogiaram o governo interino do país, mas disseram que ;o mais difícil ainda está por vir; e que o esforço por paz e democracia ainda não foi concluído no país do Norte da África.A missão ocidental, que inclui representantes do alto escalão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), tem como objetivo discutir o futuro da Líbia.
Em entrevista coletiva em Trípoli, Cameron disse que a ação da Otan no país prosseguirá até que as forças do coronel Muammar Khadafi sejam derrotadas. Sarkozy acrescentou que Khadafi, cujo paradeiro é desconhecido, ainda representa "perigo".
Sarkozy e Cameron são os primeiros líderes estrangeiros a visitar a Líbia desde que o Conselho Nacional de Transição (CNT), órgão de oposição a Khadafi, ocupou o poder em Trípoli.
"Ainda há partes da Líbia que estão sob o controle de Khadafi. Ele ainda está foragido e devemos garantir que o trabalho será terminado", declarou Cameron. "A mensagem para Khadafi e todos os que estão empunhando armas em nome dele é: acabou. Desistam. Os mercenários devem ir para casa."
Sarkozy disse que o foco atual é consolidar o CNT e combater os últimos bastiões de Khadafi, em vez de pensar em contratos econômicos e de reconstrução da Líbia.
[SAIBAMAIS]O britânico e o francês também prometeram liberar mais ativos da Líbia no exterior que estavam congelados em resposta ao recrudescimento do conflito e pediram que a população evite atos de vingança e busque reconciliação.
Do lado do CNT, o líder Mustafa Abdul Jalil agradeceu a ajuda estrangeira, dizendo que a "revolução não teria conquistado o que conquistou sem a ajuda de aliados, e, na linha de frente, da França e da Grã-Bretanha".
O conselho, que tem o reconhecimento de cerca de 60 países, usa a visita para tentar reforçar sua legitimidade externa.
"Estamos felizes com essa visita e ansiamos por liberdade e libertação para toda a Líbia, pela captura de Khadafi e pelo estabelecimento de um Estado democrático livre", afirmou Abdul Jalil.
Cameron e Sarkozy foram recebidos por multidões anti-Khadafi em Benghazi e Trípoli. A preparação da visita foi discutida durante semanas. O plano inicial era esperar até que a situação de segurança estivesse melhor na Líbia, mas os líderes decidiram antecipar a viagem para dar uma demonstração de apoio ao CNT.