postado em 21/09/2011 09:23
O chanceler do Conselho Nacional de Transição (CNT) da Líbia, Mahmoud Jibril, disse terça-feira (20/9) que em dez dias o país terá um governo de transição. Segundo ele, o esforço será para buscar o consenso e consolidar um processo democrático. Jibril ressaltou que a Líbia esteve sob o poder de uma gestão não democrática por mais de 40 anos ; período de liderança de Muammar Khadafi.;É necessário também estabelecer certa transparência e credibilidade no trabalho do novo governo, que necessitará igualmente de certa estrutura;, destacou o chanceler do CNT, que representa a oposição a Khadafi.
Jibril está em Nova York para participar da 66; Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e também de reuniões paralelas, como a lançada pelo G8 (grupo dos países mais desenvolvidos do mundo) em apoio às reformas nos países muçulmanos. A bandeira da oposição da Líbia foi hasteada ao lado das dos demais países que integram a ONU.
Ao final das reuniões do CNT com os integrantes do G8, foi aprovado um comunicado. No documento, os chanceleres expressaram ;esperança;, gerada pelas manifestações ocorridas ao longo deste ano em vários países muçulmanos. Segundo a nota, as manifestações refletem ;aspirações legítimas dos povos da região; por maior liberdade, justiça e direitos humanos.
Os chanceleres dos Estados Unidos, do Japão, da Alemanha, do Reino Unido, da França, Itália e do Canadá, além da Rússia ; que integram o G8 - comprometeram-se a apoiar o plano de ação que se propõe a consolidar o processo de mudanças políticas e econômicas na região.
O governo do Brasil apoiou a participação dos integrantes do CNT nas reuniões da Assembleia Geral da ONU. Mas ainda não se manifestou oficialmente sobre o reconhecimento à legitimidade do órgão como único representante no comando da coordenação do processo de transição na Líbia.