Jerusalém - O Museu de Israel, em Jerusalém, começou a postar na internet nesta segunda-feira (26/9) os Manuscritos do Mar Morto, que contêm alguns dos textos bíblicos mais antigos da atualidade.
"Os usuários poderão descobrir com precisão e detalhes até o momento difíceis de conseguir, manuscritos que remontam à época do segundo templo", destacou em um comunicado a direção do museu onde estes escritos estão guardados há milênios.
Os documentos, disponíveis em /, "são de uma importância extrema, pois constituem a base da herança monoteísta mundial", acrescentou o comunicado. "Detalhes invisíveis a olho nu podem ser ampliados para até 1.200 megapixels, ou seja, com uma resolução 200 vezes superior à de uma máquina fotográfica comum", explicou.
O projeto foi realizado em colaboração com o site de buscas na internet Google, com o objetivo de disponibilizar gratuitamente os documentos para o público e seu custo é estimado em 3,5 milhões de dólares (2,5 milhões de euros). Atualmente já se pode ter acesso a cinco manuscritos, inclusive ao de Isaías.
Os 900 manuscritos em pergaminho e papiro, encontrados entre 1947 e 1956 nas grutas de Qumran, às margens do Mar Morto, são considerados uma das principais descobertas arqueológicas de todos os tempos. Compreendem textos religiosos em hebraico, aramaico e grego, assim como o Velho Testamento mais antigo conhecido.
Os documentos mais remotos remontam ao século III antes de Cristo e o mais recente foi redigido no ano 70, quando as legiões romanas destruíram o segundo templo judaico.
Quando não estão expostos, estes manuscritos permanecem na penumbra, em local reservado com índice de umidade e temperatura idênticos aos das grutas de Qumran.