Agência France-Presse
postado em 01/10/2011 11:45
PARÍS - As autoridades da Eurozona, pressionadas pelos mercados financeiros após um verão (hemisfério norte) negro nas bolsas mundiais, tentam apresentar respostas concretas à crise da dívida.Na segunda-feira e terça-feira, os ministros das Finanças da Eurozona se reunirão em Luxemburgo. Também existe a possibilidade de que o Banco Central Europeu (BCE) anuncie na quinta-feira medidas favoráveis à recuperação econômica e aos bancos.
Também na quinta-feira acontecerá em Berlim uma reunião sobre a reforma do sistema monetário internacional com a participação de dirigentes do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do BCE.
A Grécia terá no domingo uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros, convocada pelo primeiro-ministro Giorgos Papandreou.
O objetivo é evitar que Atenas recorra a uma suspensão de pagamentos (default) e que situações similares se repitam na zona do euro, por exemplo na Itália e Espanha, a terceira e a quarta economias do bloco.
"O fracasso da Grécia seria o fracasso de toda a Europa", advertiu na sexta-feira o presidente francês, Nicolas Sarkozy.
"Não é possível deixar a Grécia cair por razões morais e econômicas", completou.
Sarkozy anunciou que visitará a Alemanha nos próximos dias para discutir com a chanceler Angela Merkel um modo de acelerar a integração econômica da zona do euro e aplicar o mais rápido possível as medidas de apoio à Grécia e à moeda única decididas em 21 de julho.
"Há um elevado ceticismo sobre a capacidade dos políticos para solucionar a crise na Eurozona. São necessárias indicações fortes e claras", afirmou Nicolas Veron, economista do Instituto Bruegel.
As bolsas mundiais registraram uma das baixas trimestrais mais expressivas desde a crise financeira de 2008 provocada pela falência do banco americano Lehman Brothers.
O Dow Jones, principal índice de Wall Street, perdeu 12% entre julho e setembro, o pior resultado desde o início de 2009.
Os investidores exigem resultados concretos ante a crise das finanças públicas.
Isto significa, entre outras coisas, o reforço do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF), que precisa da aprovação dos 17 governos e Parlamentos da união monetária.