Agência France-Presse
postado em 01/10/2011 22:21
Washington - Centenas de pessoas se reuniram neste sábado (1;/10) na Geórgia (sudeste dos Estados Unidos) para assistir ao funeral de Troy Davis, esperando que sua execução, realizada em 21 de setembro, se torne um símbolo da luta contra a pena capital.Os participantes, vestidos na maioria com camisetas azuis que diziam "Eu sou Troy Davis", encheram a igreja Jonesville Baptist, no sul da cidade de Savannah.
Davis, um negro de 42 anos, foi executado depois de esgotar os recursos legais para evitar a injeção letal por ter assassinado o policial branco Mark MacPhail em 1989, crime pelo qual por condenado em um processo que deixou muitas dúvidas sobre sua culpabilidade, segundo a defesa e várias organizações humanitárias opostas à pena de morte.
Frente a um caixão cheio de flores e fotografias de Davis, vários participantes tomaram a palavra para defender a abolição da pena de morte nos Estados Unidos.
"Não há dúvidas para mim sobre o fato de que a Geórgia, o estado da Geórgia, assassinou um homem inocente", disse Edward DuBose, presidente na Geórgia da National Association for the Advancement of Colored People (Associação Nacional para a Ascensão de Negros).
"Depois de nosso luto, temos que passar à ação", completou.
Temos que "brigar por cada prisioneiro que se encontrar no corredor da morte neste país, isso é o que Troy queria que soubéssemos", disse DuBose.
O diretor-executivo da Anistia Internacional nos Estados Unidos, Larry Cox, manteve uma campanha mundial de apoio à causa de Davis, argumentando que se trata de uma "grave violação aos direitos humanos por parte do governo, ao matar deliberadamente um prisioneiro".