Nablus - Milhares de palestinos se manifestaram nesta segunda-feira (3/10) na Cisjordânia e em Gaza em solidariedade aos prisioneiros em greve de fome em em Israel.
Cerca de 2.000 pessoas se reuniram diante da sede da Cruz Vermelha em Nablus, norte da Cisjordânia, exibindo bandeiras palestinas, fotos dos prisioneiros e faixas com a inscrição "Não ao isolamento carcerário". Uma carta foi entregue às Cruz Vermelha para pedir sua intervenção para a libertação dos presos palestinos em greve de fome.
Centenas de pessoas participaram numa ação parecida em Ramallah, onde se encontra a sede da Autoridade Palestina na Cisjordânia. Em Gaza, território controlado pelo movimento islamita Hamas, mil palestinos se manifestaram também diante da sede da Cruz Vermelha.
No último dia 28, milhares de palestinos detidos nas penitenciárias de Israel iniciaram uma greve de fome para denunciar o isolamento carcerário, segundo o ministro palestino para os Prisioneiros, Issa Qaraqae. "Posso confirmar que todos os palestinos detidos nas prisões israelenses iniciaram uma greve de fome de três dias, que pode ser prolongada, como advertência à administração israelense", disse Qaraqae.
[SAIBAMAIS]
"Quase 200 presos da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) e outros iniciaram na terça-feira uma greve de fome ilimitada para protestar contra o isolamento contínuo de seu secretário-geral, Ahmad Saadat, há quatro anos", afirmou o ministro palestino.
"Há presos isolados há 10 anos", completou Qaraqae, antes de destacar que o protesto também é uma denúncia a respeito das medidas punitivas contra os prisioneiros. "As autoridades penitenciárias adotaram graves sanções e medidas sem precedentes, provocando a rebelião dos prisioneiros contra todas as regras nas prisões da ocupação", disse o ministro.
Mais de 5.000 palestinos, incluindo 200 menores de idade, estão detidos em Israel, segundo a organização israelense de defesa dos direitos humanos B;Tselem.