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Governo dos EUA pede que o presidente sírio deixe o poder imediatamente

Agência France-Presse
postado em 07/10/2011 20:17
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu nesta sexta-feira (7/10) que o presidente sírio Bashar al Assad deixe o poder "agora", enquanto advertiu que seu regime estava levando o país a "um caminho muito perigoso". O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, condenou em um comunicado o assassinato do líder opositor curdo Mechaal Tamo, assim como o ataque a um proeminente ativista sírio, ao afirmar que isso demonstra "mais uma vez que as promessas de diálogo e reforma do regime de Assad são vazias".

"Os ataques de hoje ilustram as últimas tentativas do regime sírio para fazer a oposição pacífica do interior da Síria se calar. O presidente Assad deve ir embora agora mesmo, antes que seu país vá mais longe, nessa direção tão perigosa", afirmou Carney em comunicado.

[SAIBAMAIS]Um dos chefes da oposição curda, Mechaal Tamo, foi assassinado nesta sexta-feira na Síria, centro das novas manifestações contrárias ao regime, reprimidas com derramamento de sangue. O porta-voz de Obama afirmou que "essa violência ocorre apenas três dias depois do fracasso de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU, que solicitava a mobilização de observadores dos direitos humanos na Síria frente a uma repressão brutal".

"Os Estados Unidos continuarão tentando mobilizar a comunidade internacional para apoiar as aspirações democráticas dos sírios e atuará para fazer pressão sobre o regime de Assad, junto a seus aliados e parceiros", prometeu Carney. Tamo, 53 anos, membro do recém-formado grupo de oposição Conselho Nacional Sírio (SNC), foi assassinado quando quatro homens armados com pistolas, e com o rosto coberto, invadiram sua casa em Qamashili (nordeste) e abriram fogo. Seu filho e outro companheiro ativista do Partido do Futuro Curdo ficaram feridos, segundo comunicaram vários ativistas.

Paralelamente, o ex-deputado Riad Seif também estava sendo atacado e ficou ferido nas ruas de Damasco. O Departamento de Estado americano acusou mais cedo o regime de Assad de uma escalada em sua tática de opressão contra a oposição, e de usar ataques indiscriminados à luz do dia tendo os líderes opositores como alvo. "Essa é uma clara escalada na tática do regime", disse a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, em referência ao assassinato de Tamo.

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