Agência France-Presse
postado em 14/10/2011 08:48
Genebra- A repressão na Síria matou mais de 3.000 pessoas, incluindo pelo menos 187 crianças, desde 15 de março, anunciou nesta sexta-feira (14/10) o Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos.Apenas na quinta-feira, foram 36 mortos, sendo 25 militares, e dezenas de pessoas ficaram gravemente feridas no país, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH). "Mais de 100 pessoas morreram apenas nos últimos 10 dias. Além disso, milhares de pessoas foram detidas, vítimas de desaparecimentos forçados e torturadas", afirma um comunicado do Alto Comissariado.
As sanções adotadas pela comunidade internacional contra a Síria não modificaram até o momento a atitude do regime sírio, afirmou o porta-voz do Alto Comissariado, Rupert Colville. Por este motivo, o organismo da ONU pede aos países que adotem medidas urgentes para proteger os sírios que protestam contra o regime de Bashar al-Assad.
O OSDH informou que 10 civis faleceram na quinta-feira, entre eles uma criança, na cidade de Banach (província de Idleb, noroeste). Outro civil morreu na cidade de Homs (centro). Quinze soldados e um oficial morreram em Banach, outros nove soldados na província de Deraa (sul) e um oficial das forças de segurança em Quseir (região de Homs).
A ONG se declarou surpresa com o silêncio das autoridades sírias sobre a morte de dezenas de soldados do Exército nos últimos dias na região de Deraa, na província de Deir Ezzor (leste), na cidade de Quseir e em Jabal Zawiya (região de Idleb), e com o fato de que os corpos não foram entregues às famílias.