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Morre a cubana Laura Pollán, llíder do movimento as Damas de Branco

Agência France-Presse
postado em 15/10/2011 12:08

Havana - A líder do grupo opositor Damas de Branco, Laura Pollán, morreu na sexta-feira (14/10), em Havana, onde estava internada há uma semana com insuficiência respiratória, confirmaram dissidentes no hospital.

Pollán, diabética e hipertensa, foi internada há uma semana no hospital Calixto García, onde faleceu de parada cardíaca na UTI. Os médicos haviam diagnosticado insuficiência respiratória agravada pelo Vírus Respiratório Sincitial (VRS) e dengue.

"Seu marido está muito abalado", comentou uma das fontes falando do hospital, onde Laura, 63, deu entrada na última sexta-feira. O marido de Laura, o engenheiro Héctor Maseda, 68, foi preso com outros 74 opositores em 2003. Laura, Berta Soler e outras mulheres de dissidentes se uniram no grupo Damas de Branco para exigir sua libertação.

Loura, de pele clara e baixa estatura, Pollán foi professora de espanhol e literatura no ensino médio, cargo que abandonou para lutar pela libertação de Maseda, condenado a 20 anos de prisão. Sempre vestidas de branco, as Damas realizaram numerosas marchas por Havana para exigir a libertação de seus maridos, em meio a ameaças e a contramanifestações dos partidários do governo, e até de breves detenções.

A casa de Pollán na rua Neptuno, no bairro Centro Havana, se converteu no quartel-general das Damas, ponto de partida das passeatas e onde se realizavam reuniões e encontros literários. O grupo recebeu o Prêmio Sakharov de direitos humanos, entregue pelo Parlamento Europeu, em 2005, e, em 2006, o prêmio Human Rights First.

Em abril de 2009, o assédio dos partidários do regime aumentou e o cardeal Jaime Ortega intercedeu pelas Damas junto ao presidente Raúl Castro, iniciando um inédito diálogo que levou à libertação de 52 dos 75 dissidentes que permaneciam na prisão, incluindo Maseda.

Após a libertação e viagem para a Espanha de 40 presos políticos com seus familiares, as dizimadas fileiras das Damas de Branco receberam o apoio de parentes de presos ou simpatizantes de sua causa.

O governo cubano chama as Damas de "ponta de lança" da subversão na Ilha e de "mercenárias" dos Estados Unidos.

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