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Violência no Iêmen deixa 29 mortos e mais de 100 feridos

postado em 15/10/2011 20:08
Sanaa - Ao menos 29 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas neste sábado por tiros das forças de segurança iemenitas contra protestos que pediam a saída do presidente Ali Abdullah Saleh e em duros confrontos tribais, informaram fontes médicas e testemunhas.

As forças de segurança dispararam balas reais e utilizaram bombas de gás lacrimogêneo para dispersar centenas de manifestantes que participavam de uma marcha na chamada Praça da Mudança da capital Sanaa, centro do protesto contra o presidente.

Segundo fontes médicas e testemunhas, 12 pessoas morreram no local.

À tarde, a multidão se dispersou e partidários do regime, civis armados, prenderam dezenas de manifestantes, informou um membro do comitê de organização do protesto.

Essas prisões ocorreram depois que as forças de segurança rodearam milhares de manifestantes nas ruas adjacentes à praça, informaram testemunhas.

Um funcionário do ministério do Interior revelou que dois membros das forças de segurança e cinco civis morreram em confrontos nos bairros residenciais da capital iemenita, segundo a agência oficial Saba.

Por sua vez, combatentes de tribos rivais pró e anti-Saleh se enfrentaram com armas automáticas e artilharia em Al Hasaba, ao norte de Sanaa, de acordo com testemunhas.

Dez combatentes da poderosa tribo Hached de Sadek al Ahmar, partidária da oposição, morreram depois que suas posições foram bombardeadas pelas forças do xeque Saghir Ben Aziz, fiéis ao chefe de Estado.

A capital iemenita viveu nas últimas semanas cenas de violência após o retorno no fim de setembro ao Iêmen do presidente Saleh, depois de três meses de estadia na Arábia Saudita, onde estava hospitalizado desde 3 de junho passado.

O Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) propôs um plano de paz que prevê a saída de Saleh e a implantação de uma administração provisória, mas o governante, no poder há 33 anos, a rejeita.

No sul do país, um ataque aéreo, aparentemente americano, matou nove membros da Al-Qaeda na Península Arábica (AQPA), incluindo o egípcio Ibrahim al Banna, responsável pela mídia, segundo as autoridades locais.

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