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Aviação do Quênia bombardeia rebeldes islâmicos ao sul da Somália

Agência France-Presse
postado em 19/10/2011 14:53
NAIRÓBI - A aviação queniana atacou nesta quarta-feira posições dos shebab com o objetivo de expulsar estes rebeldes islamitas do sul da Somália, já que os responsabiliza pelos recentes sequestros em seu território.

As tropas quenianas, guiadas pelas forças pró-governamentais somalis, preparavam um novo ataque contra os insurgentes, no quarto dia de sua intervenção na província somali de Juba Baixa. Seu principal base avançada encontra-se em Qoqani, a cerca de cem quilômetros da fronteira entre a Somália e o Quênia.

Atualmente, as tropas de Nairóbi se preparam para avançar e tomar Afmadow, a uma dezena de quilômetros mais a oeste. O Quênia lançou sua operação sem nenhum mandato internacional.

Mas na terça-feira, Nairóbi e o governo somali de transição (TFG) assinaram um acordo de cooperação militar. O Quênia, que desde o início da guerra civil somali, em 1991, nunca havia empreendido oficialmente uma operação deste tipo em território de seu vizinho, recebeu também o apoio de Uganda.

Uganda fornece a maioria das tropas da força da União Africana na Somália, que intervém em apoio ao TFG.

O exército queniano afirmou ter perdido apenas cinco homens em sua operação, no acidente de um helicóptero, e afirmou ter matado 73 shebab. Mas uma fonte policial na cidade queniana de Garissa (leste) afirmou que as perdas quenianas eram maiores.

Desde domingo, os shebab, ligados à Al-Qaeda, multiplicaram as ameaças de represálias, dizendo querer combater contra o Quênia "em todas as frentes". Os insurgentes rejeitam qualquer responsabilidade nos sequestros de quatro europeus, em setembro e outubro no leste do país. Primeiro a britânica Judith Tebbutt foi sequestrada no arquipélago de Lamu, vizinho da Somália. Pouco depois, a francesa Marie Dedieu foi capturada. Esta mulher de 66 anos, cuja morte foi anunciada nesta quarta-feira por Paris, estava em uma cadeira de rodas e sofria de insuficiência cardíaca.

Na semana passada, duas espanholas, Montserrat Serra e Blanca Thiebaut, foram sequestradas nos campos de refugiados de Dadaab, a uma centena de quilômetros da fronteira somali.

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