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Estados Unidos pedem à Líbia que investigue execuções sumárias

WASHINGTON - Os Estados Unidos pediram nesta segunda-feira à Líbia que respeite os direitos humanos e investigue a denúncia de que houve execuções sumárias de partidários do ex-ditador líbio Muamar Kadhafi, qualificando a situação de "extremamente preocupante".

O departamento americano de Estado solicitou ainda aos novos líderes da Líbia que respeitem os direitos das mulheres, após o dirigente interino Mustafa Abdul Jalil revelar que aplicará a sharia (lei Islâmica), incluindo a poligamia

A ONG Human Rights Watch (HRW) informou ter descoberto 53 corpos em estado de decomposição, supostamente de partidários de Kadhafi, que teriam sido executados de forma sumária em um hotel abandonado de Sirte, que foi o último bastião de Kadhafi.

A porta-voz do departamento de Estado, Victoria Nuland, qualificou as denúncias da HRW como "extremamente preocupantes". O embaixador dos Estados Unidos na Líbia, Gene Cretz, "pediu ao Conselho Nacional de Transição (CNT) que elabore uma investigação", destacou Nuland.

O CNT declarou no domingo a libertação da Líbia, após a morte de Kadhafi, ao que parece executado com um tiro na cabeça depois de ser capturado.

"Esperamos a instalação de uma democracia que respeite os critérios internacionais dos direitos humanos, que dê um lugar a cada líbio e que unifique o país", disse Nuland. "O mais importante é que respeitem completamente os direitos humanos universais, os direitos das mulheres, os direitos das minorias e o direito a um processo justo e transparente".