Agência France-Presse
postado em 30/10/2011 19:48
Madri - A direita espanhola aposta na austeridade e no apoio aos empresários para sair da crise, segundo seu programa de campanha para as eleições gerais de 20 de novembro, no qual também promete reformar a lei do aborto, um dos pilares sociais da era Zapatero."Apresentaremos um plano completo e coerente de reformas estruturais para a estabilidade do orçamento, o saneamento do setor financeiro, a liberalização da economia, incluindo também a reforma trabalhista e o impulso à competitividade", diz o projeto do Partido Popular (PP), principal da oposição, publicado neste domingo.
O PP se propõe a reduzir "o número de entidades e organismos do setor público para assegurar uma gestão mais transparente e eficiente", delimitando de forma precisa a competência de cada organismo público.
O objetivo é evitar "esforços desenecessários, a proliferação de estruturas burocráticas e o aumento excessivo de funcionários nas administrações", diz o programa do partido presidido por Mariano Rajoy, considerado o favorito nas pesquisas.
Assim, sondagens publicadas neste domingo nos jornais El País e El Mundo concediam ao PP maioria absoluta fogada, se as eleições fossem hoje.
A luta contra o déficit público, que na Espanha chegou aos 11,1% do PIB, em 2009, tornou-se prioridade do atual governo socialista.
Em relação ao aborto, "minha ideia é mudar a lei atual e voltar à anterior", disse recentemente o presidente e candidato do PP, Mariano Rajoy, em entrevista ao canal Cope.
Essa lei de 1985 só autorizava o aborto em caso de estupro (até 12 semanas de gravidez), de malformação do feto (22 semanas) ou de "risco para a saúde física ou psíquica da mãe" (sem limite de tempo).