Monróvia - Uma pessoa morreu nesta segunda-feira (7/11) em Monróvia quando a polícia dispersou uma manifestação de opositores em apoio ao seu líder, Winston Tubman, que se retirou do segundo turno das eleições presidenciais de terça-feira (8).
O corpo de um homem de cerca de vinte anos foi visto por jornalistas na sede do partido de Tubman, o Congresso pela Mudança Democrática (CDC).
Um jornalista liberiano afirmou ter visto outros dois cadáveres de manifestantes em uma delegacia de polícia próxima à sede do CDC.
"Ele estava em frente à sede do CDC quando a polícia disparou e (ele) desabou", informou uma testemunha, Anita Mulbah, sobre a morte do manifestante, mostrado aos jornalistas.
Mais cedo, um policial havia afirmado que um membro do CDC havia efetuado um disparo e que a polícia antimotins havia reagido.
A dispersão dos manifestantes começou com o lançamento de bombas de gás lacrimogêneo depois que os manifestantes jogaram pedras que também viu uma mulher ferida na cabeça pela polícia.
Gás foi lançado aos veículos, nos quais se encontravam Winston Tubman e o outro líder do CDC, George Wean, ex-astro do futebol do país.
Depois de se reunirem na sede do CDC, os manifestantes previam marchar pelas ruas da capital.
Um porta-voz da polícia, George Ardoo, havia afirmado à AFP que a manifestação não poderia ser realizada "enquanto não fosse autorizada pelo ministério da Justiça".
Winston Tubman, que teme fraudes similares às denunciadas no primeiro turno de 11 de outubro, decidiu não participar do segundo turno das eleições e convocou seus partidários a boicotá-las.
A presidente atual, Ellen Johnson Sirleaf, obteve no primeiro turno 43,9% dos votos, contra 32,7% de Tubman.