Agência France-Presse
postado em 08/11/2011 21:09
NOVA YORK - O pré-candidato republicano à presidência Herman Cain negou nesta terça-feira as acusações de assédio sexual apresentadas contra ele. Cain anunciou que concederá uma entrevista coletiva nesta terça-feira e informou que sua campanha continuará, em declarações ao canal ABC.Sharon Bialek, mãe de um adolescente de 13 anos, acusou na segunda-feira o republicano, que já havia sido denunciado por outras três mulheres, de ter tentado obter favores sexuais durante uma reunião em julho de 1997 em Washington, quando ela entrou em contato em busca de emprego.
Bialek leu uma declaração afirmando que Cain "meteu a mão sob sua saia e puxou sua cabeça para aproximá-la do seu sexo quando os dois estavam em um carro, após um jantar". "Exijo que ele seja preso", completou a mulher.
Ela disse que falava em nome de "todas as mulheres que são abusadas sexualmente". "Todas as acusações de assédio contra Cain são completamente falsas. Cain jamais assediou ninguém", afirmou um comunicado divulgado pela equipe de campanha do republicano poucos minutos depois da entrevista coletiva de Bialek, que estava acompanhada por uma célebre advogada feminista, Gloria Allred.
"Os eleitores não se deixarão enganar pela última fofoca da moda nos meios de comunicação", disse Cain, 65 anos, ex-dono de uma rede de pizzarias que jamais teve mandato eletivo.
Segundo uma pesquisa conjunta do Wall Street Journal e da rede de televisão NBC, publicada nesta terça-feira, Cain, que pretende seduzir o eleitorado conservador, teria 27% das preferências dos eleitores republicanos, um ponto a menos que Mitt Romney, e muito à frente do terceiro, Newt Gingrich, com 13%.
Quando foi divulgada essa pesquisa, já tinham sido feitas as três primeiras denúncias de abuso, mas não esta quarta e detalhada revelação. "Não sou uma mentirosa, faço isto porque é o que é preciso fazer (...). Eu poderia ter vendido esta acusação, mas não o fiz (...). Meu único objetivo é dizer a verdade e ajudar aqueles que podem estar em uma situação deste tipo", disse Bialek à BBC.