Agência France-Presse
postado em 09/11/2011 18:36
WASHINGTON - Os Estados Unidos buscam aplicar "mais pressão" contra o Irã depois que a ONU emitiu um relatório no qual aumentam as suspeitas de que o país tenta desenvolver armas atômicas. "Estas são acusações muito sérias, e é responsabilidade do Irã ao menos se comprometer com a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) de uma forma confiável e transparente para abordar estas preocupações", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Mark Toner.O governo de Barack Obama, afirmou, fará consultas a seus aliados e "estudará a forma de impor uma pressão adicional sobre o Irã". "Estamos considerando um amplo leque de possibilidades", completou Toner.
Em um relatório divulgado na terça-feira, a AIEA afirmou ter "sérias preocupações" com o programa nuclear iraniano, citando informações "confiáveis" de que o Irã trabalha no desenvolvimento de armas nucleares, e oferece pela primeira vez elementos que apóiam as suspeitas do Ocidente sobre seus objetivos militares.
Toner afirmou que o relatório "demonstra o que os Estados Unidos já sabiam e estão dizendo há anos, que o Irã tem um programa de armas nucleares, e que ainda deve demonstrar que abandonou sua intenção de desenvolver essas armas nucelares".
França e Reino Unido defendem "sanções novas e fortes" contra o Irã caso o país se negue a cooperar no âmbito nuclear, afirmaram em um comunicado publicado nesta quarta-feira, ao fim de uma reunião em Londres do "grupo de alto nível" franco-britânico.
Os dois países "expressaram sua viva preocupação pela dimensão militar do programa nuclear iraniano à luz do relatório da AIEA e afirmaram sua clara determinação em buscar novas sanções caso o Irã se negue a cooperar", afirmaram Paris e Londres em comunicado.
"Nosso objetivo continua sendo que o Irã cumpra plenamente suas obrigações internacionais", completa o texto.