postado em 14/11/2011 12:10
Teerã - O Irã realiza nesta segunda-feira (14/11) o funeral solene para o comandante de armas da Guarda Revolucionária e outros 16 Pasdaran que morreram no sábado após a explosão de um depósito de munições próximo de Teerã.O guia da República Islâmica, o aiatolá Ali Khamenei, participou em Teerã de uma cerimônia religiosa em honra ao general da divisão, Hassan Moghadam, e 16 outras vítimas, segundo as imagens da televisão estatal. O general Moghadam era responsável por pesquisas científicas que asseguravam ao Pasdaran uma auto-suficiência em matéria de armamentos. Ele fundou o corpo de artilharia dos Guardas da Revolução durante a guerra Irã-Iraque e criou as Forças Armadas, segundo informações oficiais de Teerã.
O general morreu na explosão acidental, de acordo com o regime iraniano, de um arsenal militar em uma das bases da Guarda Revolucionária em Bidganeh, na periferia de Teerã. A explosão aconteceu durante o transporte de munições, afirmou o porta-voz dos Pasdaran, o comandante Ramezan Sharif, que não informou o porquê de um importante general estar naquele lugar.
"O general Moghadam trabalhou em suas tarefas de pesquisas científicas até os últimos instantes", declarou nesta segunda-feira seu adjunto, o general Mussavi, à agência de notícias ISNA. Ele não informou sobre a natureza das tarefas, mas ressaltou que o general Moghadam "passou 25 anos de sua vida criando e desenvolvendo o programa de mísseis defensivos do Irã".
A Guarda Revolucionária é responsável pelo programa de armas do país, que dispõe de mísseis Shahab-3 com capacidade de 2.000 km, que pode de atingir Israel. Os programas nuclear e de armas do Irã foram condenados várias vezes pelo Conselho de Segurança da ONU, que exigiu, em vão, a suspensão das atividades.
Na semana passada, um novo relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) acusou Teerã de buscar a construção da bomba atômica. Líderes políticos israelenses ameaçaram recentemente o Irã com ataques militares contra as bases nucleares. Especialistas militares americanos sugeriram no fim de outubro que os Estados Unidos organizassem operações clandestinas para assassinar comandantes da Guarda Revolucionária.