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Alemanha, Reino Unido e França apresentarão à ONU resolução contra Síria

Agência France-Presse
postado em 17/11/2011 19:29
NOVA YORK - França, Alemanha e Grã-Bretanha, com o apoio de países árabes, apresentarão uma resolução à Assembleia Geral das Nações Unidas para condenar a sangrenta repressão aos protestos na Síria, informaram fontes diplomáticas.

Os países europeus entregarão a resolução à comissão de direitos humanos da Assembleia Geral da ONU para uma votação prevista para a próxima terça-feira, informaram funcionários alemães.

O sucesso da iniciativa poderá pressionar ainda mais o Conselho de Segurança para que adote medidas sobre a crise síria, após Rússia e China vetarem, no mês passado, uma resolução condenando a repressão movida pelo regime do presidente Bashar al Assad, que segundo as Nações Unidas já causou 3.500 mortos.

Os embaixadores na ONU de Grã-Bretanha, França e Alemanha se reuniram com seus colegas árabes na quarta-feira, após os líderes da Liga Árabe darem um prazo de três dias a Assad para deter a repressão. "Há um forte apoio para seguir adiante com o projeto de resolução: algumas delegações árabes, inclusive, manifestaram sua intenção de patrocinar a medida", disse o porta-voz alemão.

Jordânia, Marrocos, Qatar e Arábia Saudita estão de acordo em patrocinar a resolução, e outros Estados árabes poderão se unir à iniciativa, revelou o embaixador britânico na ONU, Mark Lyall Grant. "O projeto de resolução colocado sobre a mesa hoje é resultado de longas consultas com os membros da Liga Árabe em resposta aos críticos acontecimentos no território sírio".

"O mundo árabe enviou uma mensagem muito clara: as violações dos direitos humanos e o sofrimento do povo sírio devem parar", disse o embaixador alemão, Peter Witting. "Apreciamos o fato de que há um forte apoio à resolução da Assembleia Geral: esperamos que isto mostre a Assad até que ponto está isolado".

Rússia e China vetaram em 4 de outubro a resolução contra a Síria, enquanto Brasil, Índia, África do Sul e Líbano se abstiveram.

Após os ataques aéreos da Otan contra a Líbia, vários governos expressaram seu temor de que os países ocidentais promovam uma intervenção do Conselho de Segurança na Síria. Europa e Otan têm afirmado que não realizarão qualquer intervenção militar na Síria.

O chanceler russo, Sergei Lavrov, disse que o Ocidente e a Liga Árabe deveriam ampliar suas ações contra a violência também à oposição síria. A China se disse "profundamente preocupada" com os acontecimentos no território sírio.

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