Mundo

Comunidade internacional discute hoje na Aiea resolução contra o Irã

postado em 18/11/2011 08:43
A comunidade internacional decide hoje (18/11) se adota resolução contra o Irã devido às suspeitas de produção de armas nucleares. A proposta foi elaborada pelas delegações dos Estados Unidos, da França, do Reino Unido e da Alemanha, com o apoio da Rússia e China, na Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea). A resolução, no campo diplomático, tem peso de uma advertência.

A decisão será tomada um dia depois de o diretor-geral da Aiea, Yukiya Amano, reiterar as suspeitas sobre a produção de armas no programa de energia nuclear desenvolvido no Irã. Amano propôs ainda o envio de peritos estrangeiros para verificação do programa. Ele aguarda resposta das autoridades iranianas sobre o envio de uma comissão de alto nível ao país.

No texto da resolução, seis países - Estados Unidos, França, Reino Unido, Alemanha, Rússia e China ; manifestam preocupação com as suspeitas de produção de armas. ;[Manifestamos] preocupação profunda e crescente em relação às questões não resolvidas do programa nuclear iraniano, incluindo as que têm de ser esclarecidas para excluir a existência de possível dimensão militar;, diz o documento a ser analisado.

Ao contrário do que defendiam alguns países ocidentais, a resolução não fixa qualquer prazo para o Irã responder às questões levantadas pela Aiea. No entanto, Amano reclamou da falta de acesso dos peritos internacionais aos dados e pediu a colaboração do governo do presidente Mahmoud Ahmadinejad.

;[No começo deste mês] foi proposto o envio de uma equipe de alto nível para o Irã, a fim de esclarecer as questões [referentes às suspeitas de irregularidades no programa nuclear iraniano];, disse Amano. ;Espero uma data adequada, que pode ser acordada em breve. É essencial que qualquer missão deve ser bem planejada;, acrescentou Amano.

O governo Ahmadinejad negou as denúncias de irregularidades no programa nuclear. Autoridades iranianas disseram que as informações eram baseadas em questões políticas e não técnicas. Também ratificaram que o programa nuclear tem fins pacíficos.

No último dia 11, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, defendeu que a comunidade internacional busque ;os caminhos do diálogo e da diplomacia; na tentativa de evitar embates e que adote sanções ao Irã. O chanceler disse que o assunto deve ser tratado no âmbito da Organização das Nações Unidas (ONU).

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação