Mais de 20 pessoas já morreram e 1,8 mil ficaram feridas nos protestos que voltaram a encher a Praça Tahir, no centro do Cairo, epicentro das manifestações que resultaram na queda do regime de três décadas de Mubarak, em fevereiro.
Os ativistas, a maioria ligado a grupos islâmicos, reclamam da demora na transferência de poder da Junta Militar aos civis. Eles também acusam os militares de planejarem incluir na futura Constituição do Egito um artigo que dê ao Exército a função de "guardião" da lei máxima do país. Na prática, o artigo abriria caminho para os militares darem a última palavra nas questões dos futuros governos.
A nota diz que "devido às circunstâncias difíceis pelas quais o país está passando, o governo [interino] vai continuar trabalhando".
Os ativistas também querem a antecipação da eleição presidencial para abril de 2012. A Junta Militar chegou a propor que o pleito ocorresse no início de 2013.
Hoje manifestantes armaram barricadas e voltaram a atacar as forças de segurança com pedras e paus. O protesto foi reprimido com bombas de gás e balas de borracha.