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ONU diz que Síria precisa de alimentos, mas não de corredores humanitários

Agência France-Presse
postado em 26/11/2011 09:18
NOVA YORK - A ONU afirmou na sexta-feira que é necessária ajuda internacional para alimentar 1,5 milhão de pessoas na Síria - país afundado em uma crise diante de uma revolta popular contra o regime - embora tenha indicado que, por enquanto, não é preciso criar corredores humanitários.

A coordenadora de emergências da ONU, Valerie Amos, afirmou que quase 3 milhões dos 20,5 milhões de habitantes da Síria foram afetados pela repressão lançada pelo regime de Bashar al-Assad contra os protestos.

Milhares de pessoas encontram-se em campos de refugiados no Líbano e na Turquia, e muitas outras fugiram das cidades onde os protestos se concentram para buscar amparo entre familiares e amigos em outras regiões do país. "As crescentes necessidades levaram o Crescente Vermelho a solicitar apoio adicional para alimentar 1,5 milhão de pessoas", disse Amos em um comunicado.

O Crescente Vermelho e outros grupos locais e indivíduos forneceram a maior parte da ajuda humanitária na Síria, já que o governo impôs fortes restrições ao acesso ao país. "Neste momento, a ONU e associados não puderam avaliar de forma exaustiva as necessidades", disse Amos, referindo-se às sugestões de estabelecer corredores humanitários e zonas seguras.

"Neste momento, as necessidades humanitárias identificadas na Síria não justificam a implementação de nenhum destes mecanismos. Antes de qualquer discussão mais aprofundada sobre estas opções, é essencial ter um panorama claro do que as pessoas precisam exatamente, e onde", acrescentou.

O chanceler francês, Alain Juppé, sugeriu nesta semana fixar rotas de fuga protegidas para os civis sírios que fugirem do conflito, embora tenha reconhecido que isso requeriria a aprovação do governo sírio ou um mandato internacional.

A ONU estima que ao menos 3.500 pessoas morreram na repressão na Síria desde o início da revolta, em meados de março.

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