Agência France-Presse
postado em 29/11/2011 10:42
Londres - Os sindicatos britânicos esperam que até dois milhões de trabalhadores do setor público integrem a greve convocada para esta quarta-feira para protestar contra uma polêmica reforma das aposentadorias, que os fará, segundo os manifestantes, "trabalhar mais e receber menos". A greve, que, segundo o governo, pode custar 500 milhões de libras à crítica economia britânica e destruir empregos, afetará principalmente as escolas, embora também estejam previstos grandes transtornos nos aeroportos.O operador de Heathrow, maior do mundo em tráfego internacional, pediu às companhias aéreas que reduzam em até 50% o número de passageiros de seus voos com chegada prevista para quarta-feira, para prevenir um eventual caos. Caso contrário, o BAA previu esperas de até 12 horas para passar pelo controle de passaportes e, consequentemente, "anulações em massa" de partidas.
Para mitigar esta situação, o governo britânico recrutou voluntários entre seus funcionários para substituir os até 18 mil agentes de imigração que podem não se apresentar em seus postos, e não descartou recorrer ao exército caso necessário. "A segurança das fronteiras britânicas continua sendo nossa prioridade principal. Os planos de contingência estão prontos e estamos satisfeitos de que a segurança será mantida", declarou o vice-ministro do Interior, Oliver Henley, em um comparecimento à Câmara dos Comuns.
A greve, que também pode afetar a saúde, os transportes, os tribunais e até os museus, conta com um apoio de cerca de 30 organizações sindicais, incluindo a principal de trabalhadores do setor público, Unison, e a maior do país, Unite.