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Quatro anos de prisão para Murray

postado em 30/11/2011 11:56

Três semanas após ter sido condenado pela morte de Michael Jackson, Conrad Murray, 58 anos, teve a sentença proferida pelo juiz Michael Pastor. O médico pegou a punição máxima prevista para o crime de homicídio culposo: quatro anos de prisão. Mesmo com a decisão, que ainda é passível de recurso, o cardiologista não deve passar mais de dois anos na cadeia. De acordo com a lei da Califórnia, presos de baixo risco devem ficar detidos por até 50% do tempo previsto, por conta da superlotação dos presídios do estado.

Além da prisão, Murray pagará as custas do processo ; pois perdeu a causa ;, não terá direito a liberdade condicional e ainda será obrigado a indenizar a família do popstar. O valor a ser pago será discutido em 23 de janeiro de 2012. A acusação pede US$ 100 milhões para os filhos do cantor. A defesa alega que a cifra é impossível de ser paga, já que o cardiologista provavelmente perderá a licença para clinicar, que atualmente está suspensa.
A única notícia positiva para o cardiologista é que, ao contrário do que pediam os promotores David Walgren e Deborah Brazil, ele não irá para uma prisão do estado da Califórnia. ;Não tenho autoridade legal para enviar Murray a um presídio estadual. O código determina que em crimes de homicídio culposo o réu vá à Prisão do Condado de Los Angeles, e eu vou seguir a lei;, afirmou Pastor.
Durante o voto, o juiz mencionou que o réu não demonstrou arrependimento pela morte do cantor. Pastor ainda reafirmou a culpa do médico na acusação de negligência criminal. ;Michael Jackson não morreu por conta de um incidente isolado. Ele morreu por causa de um aglomerado de circunstâncias que são atribuídas diretamente ao Dr. Murray, não somente ao erro ou ao acidente na manhã de 2009;, comentou o juiz.
Conrad Murray foi condenado por administrar o anestésico propofol na casa do cantor. O medicamento só pode ser aplicado dentro de hospitais, por ser um dos mais fortes existentes.

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