Agência France-Presse
postado em 30/11/2011 18:59
BRUXELAS - A União Europeia, que está prestes a impor sanções contra dezenas de pessoas e empresas iranianas, continua divida sobre o setor de petróleo do país, disseram fontes diplomáticas nesta quarta-feira.Com Espanha, Grécia e Itália significativamente dependentes do petróleo do Irã, "não haverá sanções relacionadas ao petróleo contra Teerã" a serem anunciadas nas negociações de quinta-feira entre os 27 ministros das Relações Exteriores da UE, disse um diplomata europeu.
Os ministros devem estabelecer um congelamento dos ativos e uma proibição de viagens a mais 143 empresas iranianas e 37 pessoas, enquanto pedirão também a retomada das negociações globais sobre o polêmico programa nuclear do Irã. "França, Alemanha e Reino Unido são favoráveis a sanções de petróleo", disse outra fonte diplomática, "mas não há acordo entre os 27".
"Importações de petróleo são, com frequência, um interesse nacional de grande importância porque alguns Estados membros importam uma grande quantidade de petróleo do Irã".
Dados da UE mostram que as importações de petróleo bruto do Irã em 2010 aumentaram para 5,8% do total das importações totais da UE, tornando o país o quinto fornecedor, depois de Rússia, Noruega, Líbia e Arábia Saudita.
Desse total, a Espanha responde por 14,6%; a Grécia, por 14%; e a Itália, por 13,1%. Diplomatas da UE disseram que a falta de dinheiro da Grécia levou o país a se opor a um embargo ao petróleo, com outra fonte acrescentando: "O Irã vende para eles a crédito o que é uma vantagem considerável nesses tempos".