Agência France-Presse
postado em 08/12/2011 17:33
FRANKFURT - Uma carta-bomba foi enviada ao presidente do Deutsche Bank, Josef Ackermann, e um grupo italiano "terrorista de extrema-esquerda anarquista reivindicou" o envio, informou nesta quinta-feira a polícia de Frankfurt, onde a correspondência foi interceptada na quarta.A carta endereçada a Ackermann era "uma carta-bomba", anunciou nesta quinta-feira a polícia e a Promotoria da cidade, que revelaram os resultados das primeiras investigações. "Uma carta suspeita foi identificada no serviço de correios do Deutsche Bank. A carta estava dirigida pessoalmente a Ackermann", indicou a polícia regional do Estado de Hesse e a promotoria em um comunicado conjunto.
O banco alertou a polícia depois de ter verificado a carta com raio X. "Segundo as primeiras investigações foi uma carta-bomba, que era operacional", indicou a instituição no comunicado. "A investigação continua", indicou.
No interior da carta-bomba, os peritos encontraram um manuscrito em italiano no qual a "Federação Anarquista Informal reivindica a responsabilidade da tentativa de atentado", indicou a polícia, classificando este grupo italiano de "organização terrorista de extrema-esquerda anarquista".
Um porta-voz do gigante bancário alemão não confirmou o reforço das medidas de segurança, segundo havia indicado a imprensa. "Por razões de segurança não podemos dizer nada sobre o tema", explicou.
O incidente ocorre em meio à crise financeira na zona e no momento em que é colocada em questão a responsabilidade dos bancos nesta crise e nas ajudas públicas de receberam. Ackermann, de 63 anos e nacionalidade suíça, é o banqueiro mais conhecido da Alemanha.