Agência France-Presse
postado em 09/12/2011 14:23
Washington - A polícia do estado da Virgínia, leste dos Estados Unidos, vinculou nesta sexta-feira (9) as duas mortes ocorridas na véspera por disparos na universidade Virginia Tech à mesma arma.A polícia se negou a confirmar informes de que a segunda vítima fatal poderia ter sido o próprio atirador, enquanto a universidade de 31.000 estudantes permitiu a livre circulação no campus na noite de quinta-feira, após mantê-lo fechado várias horas.
"Os investigadores estão certos de ter localizado a pessoa", disse a jornalistas o porta-voz da polícia, Bob Carpentieri.
Em um comunicado publicado esta sexta-feira, a polícia informou: "os exames de balística vincularam oficialmente os disparos mortais feitos na tarde de quinta-feira no campus de Virginia Tech em Blacksburg, Virgínia".
"Testes realizados pelo Departamento de Ciência Forense da Virgínia confirmaram que as vítimas morreram de disparos da mesma arma", informou.
O oficial de polícia do campus de Virgínia Tech, Deriek Crouse, de 39 anos, foi morto a tiros durante um "controle de tráfego rotineiro" em um estacionamento perto de uma instalação esportiva.
Outra pessoa foi encontrada morta em outro estacionamento do campus e a arma foi encontrada perto da segunda vítima, disse Carpentieri.
O porta-voz disse, ainda, que o atacante não era o motorista que Crouse havia detido. A polícia não comentou nada sobre o possível motivo do ataque.
Crouse era policial do campus desde o fim de 2007, seis meses depois de a Virginia Tech ser palco do massacre a tiros mais mortal de um centro educacional da história dos Estados Unidos.
Uma estudante não identificada que se encontrava no local do crime contou ao canal de TV WDBJ, contendo as lágrimas, que viu o policial cair de seu veículo quando outros policiais abriram a porta.
Policiais com pistolas e rifles de assalto ocuparam o campus de Blacksburg, Virgínia (leste), enquanto estudantes e funcionários se refugiavam em seus dormitórios, escritórios e um centro lúdico.
[SAIBAMAIS]No dia 16 de abril de 2007, Cho Seung-hui, um estudante de 23 anos, matou 32 colegas e professores antes de cometer suicídio.
A universidade foi obrigada a pagar uma multa de 55.000 dólares por não ter advertido a tempo os estudantes que um homem armado estava no campus.