Agência France-Presse
postado em 12/12/2011 11:06
Gaza - O fechamento da rampa de acesso à Esplanada das Mesquitas de Jerusalém é uma "declaração de guerra contra os lugares santos muçulmanos", afirmou nesta segunda-feira (12) o movimento islamita palestino Hamas, que governa a Faixa de Gaza.A Autoridade Palestina condenou uma "escalada israelense" que "mina os esforços internacionais" que tentam "ressuscitar o processo de paz".
"Esta medida traduz o plano israelense de agressão contra a mesquita Al-Aqsa. Este ato regressivo representa uma declaração de guerra religiosa contra os lugares santos muçulmanos de Jerusalém", disse Fawzi Barhum, um porta-voz do Hamas.
"Condenamos e rejeitamos esta escalada israelense", disse Nabil Abu Rudeina, porta-voz do presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas.
A rampa de acesso à Esplanada das Mesquitas de Jerusalém, utilizada para chegar ao local pelos muçulmanos, foi fechada por ordem do município israelense de Jerusalém invocando motivos de "segurança dos visitantes", anunciou nesta segunda-feira a polícia israelense.
No dia 8 de dezembro, o município anunciou que havia ordenado o fechamento, correndo o risco de provocar protestos no mundo árabe e muçulmano, muito sensível a qualquer eventual ação contra a Esplanada das Mesquitas, em particular a Jordânia, encarregada de sua custódia.
O engenheiro de Jerusalém Shlomo Eshkol ordenou o fechamento imediato da rampa provisória que dá acesso à porta de Mughrabi por ser um perigo "devido ao seu caráter inflamável", indicou o município no dia 8 de janeiro.
[SAIBAMAIS]Sheikh Azzam al Jhatib, diretor do Waqf, o organismo responsável pela administração dos bens muçulmanos, afirmou neste mesmo dia que a porta de Mughrabi era responsabilidade do Waqf e que podiam restaurar a rampa em alguns dias, se Israel autorizasse.
Esta rampa de madeira conduz da esplanada do Muro das Lamentações, o principal local de peregrinação dos judeus, à Esplanada das Mesquitas, o terceiro local santo do Islã.