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Centro Wiesenthal lança nova campanha contra últimos nazistas vivos

Agência France-Presse
postado em 14/12/2011 14:17
Berlim - O Centro Simon Wiesenthal lançou nesta quarta-feira (14) na Alemanha uma nova campanha para tentar deter as últimas pessoas envolvidas em crimes nazistas ainda vivas e foragidas.

O Centro oferece 25 mil euros de recompensa por qualquer informação que ajude a capturar e a condenar pessoas hoje muito idosas envolvidas em crimes nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, indicou à imprensa o diretor da organização em Jerusalém, Efraim Zuroff.

"A passagem de tempo não diminui absolutamente a culpa dos assassinos", declarou Zuroff, considerando que restam cerca de 40 suspeitos no mundo em condições de serem julgados.

De acordo com Zuroff, a condenação em maio passado de John Demjanjuk a cinco anos de prisão por um tribunal de Munique (sul da Alemanha) mostra que ainda podem ser realizados julgamentos deste tipo.

Demjanjuk, de 91 anos, um dos milhares de prisioneiros soviéticos recrutados pelos nazistas para realizar seus crimes, foi declarado culpado de ter participado do assassinato de 27.900 judeus no campo de extermínio nazista de Sobibor, onde hoje é a Polônia e no qual morreram cerca de 250 mil pessoas.

O tribunal de Munique, após um julgamento de 18 meses, concluiu que Demjanjuk, apátrida de origem ucraniana despojado da nacionalidade americana, foi guardião de Sobibor durante 6 meses em 1943.

Demjanjuk, que negou insistentemente ter estado em qualquer campo de extermínio nazista, foi deixado em liberdade à espera que um tribunal federal se pronunciasse sobre um recurso de apelação.

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