Agência France-Presse
postado em 20/12/2011 22:30
JERUSALÉM - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, voltou a se comprometer nesta terça-feira com o enfrentamento da onda de atos de vandalismo antipalestinos e antiisraelenses praticados por colonos judeus extremistas, informou seu gabinete. "O governo não tolerará ataques contra soldados, policiais, árabes, judeus e mesquitas", afirmou Netanyahu, que falou na base militar de Efraim, no norte da Cisjordânia, por ocasião da cerimônia de acendimento da primeira vela do "Hanuká" (festa judia das Luzes). Na semana passada, cinquenta colonos extremistas invadiram esta base, danificaram veículos e atacaram um oficial superior israelense. "Estes atos afetam a democracia israelense, que se baseia no respeito à lei", disse Netanyahu, segundo seu gabinete.
Na segunda-feira, homens não identificados fizeram pichações hostis ao Islã e favoráveis aos colonos nos muros de uma mesquita da Cisjordânia. O governo palestino condenou depois o incidente, o sétimo do tipo em uma semana, e denunciou "o silêncio" do executivo israelense frente aos ataques, pedindo à comunidade internacional para pressionar o Estado hebreu "para que ponha fim ao terrorismo dos colonos". Fanáticos da colonização fazem o que denominam uma política do ;preço a pagar;, que consiste em se vingar dos palestinos locais, dos lugares de culto muçulmano, de soldados e das medidas governamentais que consideram hostis a seus interesses.