Brasília ; O ativista indiano Anna Hazare, de 74 anos, começou nesta terça-feira(27) uma nova greve de fome para pedir mais rigor na legislação para combater a corrupção na Índia. A greve de fome deve durar três dias. O protesto silencioso ocorre em Mumbai ; a cidade mais populosa do país com cerca de 20,5 milhões de habitantes ; e deve contar com o apoio de cerca de 130 mil pessoas, segundo organizações não governamentais.
"Qualquer que seja a resposta do governo, exorto o povo a não recorrer à violência. Levaremos a cabo essa manifestação só com meios não violentos", disse o ativista. Hazare faz greve de fome no momento em que o Parlamento da Índia discute a lei denominada Lokpal, aprovada recentemente pelo governo indiano. O ativista considera o texto insuficiente.
Na tentativa de conter o avanço dos manifestantes que apoiam Hazare, as autoridades de Mumbai mobilizaram aproximadamente 2,2 mil policiais. "Não me agradam as greves de fome, mas a omissão do governo e sua falta de vontade para reduzir a corrupção me forçam a fazê-las", disse Hazare.
Anna Hazare fez duas greves de fome, em abril e agosto, também em favor de mais rigor contra a corrupção, reivindicando a criação de um órgão de defensoria pública com condições de investigar casos de corrupção entre políticos, incluindo ministros e o próprio chefe do governo.
O ativista disse que, após encerrar a greve de fome depois de amanhã (29), irá à capital da Índia, Nova Deli, para protestar em frente à casa da líder da principal legenda que apoia o governo, o Partido do Congresso, Sonia Gandhi.