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Republicanos disputam primária em New Hampshire de olho na Carolina do Sul

Renata Tranches
postado em 10/01/2012 08:12
Mitt Romney (D) tenta convencer eleitores de New Hampshire, por meio de telefonemas, em Manchester
Os pré-candidatos republicanos à Presidência dos Estados Unidos disputam a primária de New Hampshire de olho na próxima etapa, a ser realizada dia 21, na Carolina do Sul. Diante de uma provável vitória hoje do ex-governador de Massachussetts, Mitt Romney, as atenções se voltam ao estado conservador, que poderá ser decisivo para fechar a disputa em torno do adversário do presidente Barack Obama, nas eleições de 6 de novembro. Historicamente, a Carolina do Sul indica o candidato que acaba por vencer a corrida interna do partido, além de ser palco de embates agressivos entre os aspirantes. O processo de escolha do Partido Republicano teve início com o caucus de Iowa, no último dia 3.

As últimas pesquisas divulgadas ontem mostravam a liderança de Romney em New Hampshire, mas com uma queda na preferência dos eleitores, registrada nos últimos cinco dias. O multimilionário venceu o caucus em Iowa e apenas uma reviravolta imprevista tiraria o primeiro lugar dele neste estado, onde ele reside com a família. As sondagens mostravam ainda o representante do Texas, Ron Paul, em segundo, e o ex-embaixador do governo Obama na China, Jon Huntsman, em terceiro.

Alguns candidatos, porém, deixaram a disputa de New Hampshire para se dedicar à Carolina do Sul, tamanha a importância dada ao estado. Um dos exemplos é o do ex-senador Rick Santorum, que surpreendeu a todos ao ficar apenas oito votos atrás de Romney em Iowa. Esse católico conservador espera ampliar sua vantagem com o expressivo voto dos evangélicos da Carolina do Sul, como explicou ao Correio o cientista político William Rosenberg, da Universidade Drexel (em Filadélfia, Pensilvânia). Se vencer, ganha fôlego para continuar como um nome viável na batalha.

O estado também está na mira do governador do Texas, Rick Perry, que teve um mau desempenho na primeira etapa da escolha republicana em Iowa. ;Perry não está nem em campanha em New Hampshire. Ele focou todos os seus recursos na Carolina do Sul;, explicou Rosenberg. ;Em geral, os candidatos tentam dar ênfase a lugares onde podem ter desempenho melhor que o esperado e se mostrar fortes para a nomeação.;

Para a cientista política Mellissa Miller, da Universidade Estadual Bowling Green (Ohio), a Carolina do Sul é tão importante para Perry que uma derrota pode significar sua desistência da corrida eleitoral. ;Muitos aqui (EUA) achavam que Perry sairia após a derrota de Iowa, mas ele continuou e chocou as pessoas;, afirmou ao Correio. A analista vê a primária seguinte como uma ;prova de fogo; para ele, para Santorum e para o ex-presidente da Câmara dos Representantes Newt Gingrich.

Apesar da dedicação de alguns com a Carolina do Sul, as pesquisas mostram mais uma vez vantagem para Romney. Analistas especulam que a questão do desemprego deverá pesar muito na campanha a favor deste candidato ; um homem de negócios que poderá argumentar ser o mais capaz para criar empregos. O desemprego neste estado é um dos mais altos dos EUA e gira em torno dos 10%. Na semana passada, após a vitória em Iowa, Romney deixou New Hampshire para uma visita de 24 horas à Carolina do Sul, onde fez campanha ao lado da governadora Nikki Haley, que apoia sua candidatura. Mais jovem governadora do país e ligada ao movimento conservador Tea Party, Haley surpreendeu, ao endossar o nome de Romney, considerado um moderado entre os republicanos.

Robô
Ao se referir ontem à corrida presidencial dos EUA, o líder cubano Fidel Castro sugeriu que um robô seria a melhor opção para substituir Barack Obama. A sugestão, segundo Fidel, seria a saída diante da ausência de um ;candidato capaz de evitar uma guerra que acabe com a espécie humana;. Fidel fez o comentário em seu texto O melhor presidente para os Estados Unidos, o segundo sobre o tema este ano, publicado pelo site Cubadebate.

Novo chefe de gabinete na Casa Branca
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que tentará a reeleição nas eleições deste ano, substituiu ontem o chefe de gabinete da Casa Branca, Bill Daley, pelo diretor de orçamento Jack Lew. Daley havia assumido a chefia do gabinete em 2011, em substituição a Rahm Emanuel, que renunciou na época para se tornar prefeito de Chicago.

O presidente norte-americano afirmou que Daley decidiu deixar seu trabalho para voltar a Chicago, sua cidade natal, e passar mais tempo com a família. Ao apresentar Lew, Obama declarou que o novo chefe de gabinete garantirá que não ele ;não perderá um lance; durante seu mandato. O responsável pelo cargo tem a tarefa de fazer uma ponte entre a Casa Branca e o Congresso. Agências internacionais, citando fontes não identificadas, disseram que Daley não se integrou bem com o círculo de assessores e conselheiros políticos de Obama.

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