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Empresa responsável pelo Costa Concordia admite erro do comandante

Agência France-Presse
postado em 15/01/2012 19:43
Roma - A empresa "Costa Crociere", proprietária do navio de cruzeiro "Costa Concordia", que naufragou na noite de sexta-feira (13) matando ao menos cinco pessoas, admitiu neste domingo (15) que o comandante "cometeu erros de julgamento" e "não observou os procedimentos" para situações de emergência.

"A justiça, com a qual a Costa Crociere colabora, determinou a prisão do comandante" Francesco Schettino, "contra quem pesam graves acusações", destacou a companhia.

"Parece que o comandante cometeu erros de julgamento que tiveram graves consequências" e que "suas decisões na gestão da emergência ignoraram os procedimentos da Costa Crociere, que seguem as normas internacionais", informou a empresa.

Em seu comunicado, a "Costa Crociere" destaca que Francesco Schettino, que entrou na companhia em 2002, como responsável de segurança, foi promovido a comandante em 2006, após concluir com sucesso todos os cursos de formação.

A companhia afirma ainda que os membros da tripulação "realizam exercícios de evacuação a cada duas semanas" e que os "passageiros participam igualmente de um exercício" de abandono de navio logo após o embarque.

O navio de cruzeiro de quase 300 metros naufragou depois de bater em uma rocha junto à ilha italiana de Giglio, com 4.229 pessoas a bordo, sendo 3.200 turistas de 60 nacionalidades e mais de mil membros da tripulação.

O promotor de Grosseto, Francesco Verusio, confirmou neste domingo que o comandante Schettino abandonou o barco "muito antes de que todos os passageiros fossem retirados", e acrescentou que "a trajetória seguida pelo navio de cruzeiro não era boa".

[SAIBAMAIS]Segundo a imprensa italiana, o comandante foi encontrado em terra às 23h40 (20h40 de Brasília), e os últimos passageiros só foram retirados por volta das 05h GMT (03h de Brasília).

Várias testemunhas e homens da Guarda Costeira disseram que o Costa Concordia navegava perto demais da costa da ilha de Giglio, situada diante do litoral do sul da Toscana.

Segundo alguns, o navio estava fazendo uma manobra chamada "l;inchino", "reverência" em italiano, para saudar os 800 moradores da ilha de Giglio.

O promotor Verusio afirma que o comandante "se aproximou de forma imprudente da ilha de Giglio, e o navio se chocou contra uma rocha que destruiu boa parte de seu lado esquerdo, fazendo a embarcação adernar e receber uma enorme quantidade de água em dois ou três minutos".

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