postado em 16/01/2012 10:17
Moscou - O vice-primeiro-ministro russo, Dimitri Rogozin, anunciou nesta segunda-feira (16) que irá dirigir a investigação sobre o fracasso do lançamento da sonda Phobos-Grunt, cujos fragmentos teriam caído no domingo no oceano Pacífico, a 1.250 km da ilha chilena de Wellington."Vou controlar pessoalmente a investigação sobre as causas do acidente de Phobos-Grunt", escreveu em sua conta do Twitter Rogozin, ex-embaixador da Rússia na Otan, e recentemente nomeado no governo.
"Espero da (agência espacial russa) Roskosmos o relatório prometido sobre as causas do acidente, os nomes dos anti-heróis, assim como as perspectivas de desenvolvimento do setor espacial até 2030", acrescentou, indicando que uma reunião a respeito irá ocorrer em 31 de janeiro.
A Phobos-Grunt, lançada em 9 de novembro, deveria se dirigir para uma lua em Marte (Phobos) para coletar amostras, mas fracassou em sua tentativa de atravessar a gravidade terrestre, e desde então sua órbita caiu lentamente.
Uma autoridade do setor espacial russo, que pediu o anonimato, afirmou no domingo que a Rússia terá dificuldades para estabelecer as causas deste fracasso devido à "ausência de dados telemétricos".
"Estou certo de que as conclusões da comissão de investigação estarão baseadas em suposições, e não em fatos reais", declarou esta fonte, citada pela agência Interfax.
No domingo, antes da queda da sonda, uma fonte do setor espacial russo previu, em declarações à agência Interfax, que os fragmentos cairiam "120 km a oeste da cidade argentina de Rosário", situada no centro do país.
Mas, segundo cálculos de um funcionário do Ministério russo da Defesa, os fragmentos da sonda teriam caído no oceano Pacífico, 1.250 km a oeste da ilha de Wellington.
Um porta-voz da agência espacial Roskosmos declarou, no entanto, que "não dispõe de informação oficial".