postado em 16/01/2012 17:40
As operações de busca a desaparecidos no naufrágio do navio Costa Concordia, que tombou parcialmente quando fazia um cruzeiro na região italiana da Toscana depois de bater em um rochedo, foram retomadas na tarde desta segunda-feira (16/1), após melhora das condições climáticas no local do acidente. O mar agitado, devido ao mau tempo, fez com que as buscas fossem interrompidas temporariamente.
Segundo um porta-voz dos bombeiros que atuam nos trabalhos de busca e resgate, Luca Cari, as condições meteorológicas melhoraram, e o navio, que se encontra parcialmente submerso e virado, está estável. Na manhã de hoje, o mau tempo acabou provocando um deslocamento de 9 centímetros do navio. Cari ressaltou, porém, que ainda há risco de o navio se mover e afundar completamente.
O Costa Concordia desviou-se da rota planejada e bateu em rochas, o que provocou um rombo no casco e o fez tombar, com cerca de 4,2 mil pessoas a bordo. Seis corpos já foram encontrados e cerca de 15 pessoas estão desaparecidas. Cinquenta e sete 57 brasileiros estavam no navio %u2013 51 passageiros e seis tripulantes. Segundo o Itamaraty, todos os brasileiros sobreviveram.
As caixas-pretas do navio começaram a ser analisadas e as primeiras avaliações indicam que a embarcação estava a menos de 150 metros da terra firme. Também há indicações de que a Guarda Costeira só foi informada do acidente pela tripulação cerca de uma hora depois da colisão com o rochedo.
Segundo o presidente da empresa proprietária do navio, Costa Crociere, Pier Luigi Foschi, o acidente ocorreu devido a um erro do capitão, Francesco Schettino, que foi detido ainda no sábado (14) pelas autoridades. %u201CA rota foi estabelecida corretamente. O fato de (o navio) ter se afastado da rota deve-se exclusivamente a uma manobra do comandante, que não foi aprovada, autorizada ou comunicada à empresa%u201D, disse Foschi.