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EUA dizem que retirada de franceses do Afeganistão depende só de Paris

postado em 20/01/2012 17:56
WASHINGTON - A retirada antecipada das tropas da França no Afeganistão antes do prazo de 2014, proposta pelo presidente Nicolas Sarkozy, é uma decisão que "só o governo francês pode tomar", informou nesta sexta-feira (20/1) um porta-voz do Pentágono.

"Cabe a eles determinar sua contribuição assim como modificá-la como (melhor) lhes pareça", reagiu o capitão da força naval americana John Kirby, que destacou que a formação do exército afegão é "crucial".

"Os franceses são grandes aliados e grandes amigos. Estamos muito agradecidos por sua contribuição com as operações da OTAN, particularmente no Afeganistão", acrescentou o porta-voz ao manifestar as condolências das Forças Armadas americanas às famílias dos quatro soldados franceses mortos e dos 15 feridos em sua base por um soldado afegão.

Depois do ataque, Sarkozy anunciou a suspensão imediata de todas as operações de formação e assistência em combate aos militares afegãos e ameaçou retirar o contingente francês antecipadamente.

"Lamentamos suas perdas hoje, mas estas são decisões que somente o governo e o povo francês podem tomar", disse Kirby.

O treinamento dos soldados e policiais afegãos está no centro da estratégia da OTAN, que quer transferir a responsabilidade da segurança no país às forças afegãs até o fim de 2015, para retirar as tropas internacionais.

"A missão de treinamento é crucial, vital para nosso êxito e nossa capacidade de assegurar a transição", lembrou o porta-voz do Pentágono.

Contudo, "não podemos aceitar que nenhum de nossos soldados seja ferido ou assassinado por nossos aliados. É inaceitável. Se as condições de segurança não estão claramente estabelecidas, será proposta a retirada antecipada das tropas francesas", disse.

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