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Soldados desertores exibem supostos iranianos presos após luta armada

postado em 28/01/2012 09:48
O Exército Sírio Livre divulgou um vídeo no qual aparecem sete supostos iranianos confessando sua participação na luta armada contra os rebeldes sírios. Os homens teriam sido capturados por soldados desertores e pedem ajuda ao aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, para que consigam voltar para casa. ;Eu sou Sajjad Amirian, membro da Guarda Revolucionária iraniana e faço parte da equipe encarregada da repressão aos protestos na Síria. Nós recebemos ordens diretas da divisão de segurança das forças aéreas em Homs;, diz um dos homens, falando em farsi, o idioma oficial do Irã.

Os rebeldes também divulgaram um comunicado no qual clamam para que Khamenei reconheça e interrompa a participação da Guarda Revolucionária no conflito sírio. Caso isso ocorra, o Exército Sírio Livre promete libertar todos os iranianos que estão em cativeiro. Segundo a agência de notícias Al Arabiya, uma fonte de Teerã havia confirmado uma possível colaboração entre os dois países. Até 16 de janeiro, porém, ;o governo iraniano não interferiu na situação;, disse a fonte, membro da Guarda Revolucionária, a unidade militar de elite do regime islâmico.

A Síria e o Irã são importantes aliados no Oriente Médio desde a Revolução Islâmica de 1979, e o regime de Damasco foi o único, no mundo árabe, a apoiar Teerã na guerra contra o Iraque de Saddam Hussein, entre 1980 e 1988. A cooperação se intensificou a partir de 2002, quando o então presidente dos EUA, George W. Bush, incluiu ambos os países naquilo que chamou de ;eixo do mal;. ;Há um acordo de defesa mútua desde então e as forças iranianas podem estar colaborando com o ditador;, afirma o professor Murilo Meihy, da PUC do Rio de Janeiro. Além da Guarda Revolucionária, o Irá conta com o Basij, uma milícia formada por civis que também atua na defesa do regime islâmico e deve obediência direta ao líder supremo. (CV)

A mesma praça;


Milhares de egípcios voltaram a se concentrar ontem na Praça Tahrir, no centro do Cairo, para uma vez mais exigir que a junta militar acelere a transição para um governo civil.

No mesmo palco da rebelião pacífica que forçou a renúncia do ditador Hosni Mubarak, após quase 30 anos no poder, os manifestantes gritaram lemas como ;abaixo o regime militar; e ;a legitimidade está na praça;. A junta, chefiada pelo marechal Mohammed Tantawi, promete entregar o poder a um presidente eleito até julho próximo.

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