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Cinco brasileiros morreram após engavetamento em rodovia na Flórida

postado em 31/01/2012 06:58
Um acidente atípico em uma grande rodovia do estado da Flórida, nos Estados Unidos, deixou 10 mortos ; entre as vítimas, cinco eram brasileiras de uma mesma família, membros da igreja evangélica Ministério Internacional da Restauração. O grupo voltava de uma conferência em Orlando, na madrugada de domingo, quando a van em que viajava se chocou com veículos parados na pista. Havia muita fumaça na hora do acidente, devido a um incêndio florestal, e houve um grande engavetamento. No fim da tarde de domingo, o governador da Flórida, Rick Scott, chegou a visitar os feridos no hospital de Gainesville.

A família ; natural de Goiânia ; retornava do congresso religioso III Cell Vision Conference, um evento anual que terminou na noite de sábado. Por volta das 3h30, o carro onde estava o pastor José Júnior do Carmo, 44 anos, não conseguiu frear e bateu em veículos parados na Rodovia I75, que corta alguns estados do sul dos EUA. O pastor, a mulher, Adriana, 39 anos, e a filha Letícia, 17, morreram na hora. Além deles, o irmão de José Júnior do Carmo, Edson, 38 anos, e a esposa dele, Rose, 40, também perderam a vida. A única que sobreviveu foi Lidiane, a caçula da família do pastor, 15 anos. Em outra van, estava mais uma brasileira sobrevivente, Juliana Lima.

Policiais examinam um dos veículos envolvidos no acidente: ao todo, 10 pessoas morreram no desastre

Fábio Bertoni, membro da igreja e organizador do evento em Orlando, contou que o grupo de Carmo seguia de volta para Atlanta, no estado da Georgia. Catorze pessoas faziam a viagem naquela madrugada, e outras cinco partiriam no dia seguinte. Por telefone, ele contou à reportagem que todos os colegas do grupo religioso estavam profundamente abalados com o acidente. ;José Júnior fará grande falta. Ele estava há quase 15 anos nos Estados Unidos e era querido entre os outros pastores;, disse Bertoni.

Vanilda do Carmo, 37 anos, irmã de José Júnior e de Edson, lamentou a tragédia. ;Somos todos naturais de Goiânia. Crescemos juntos e fomos criados na igreja. Sempre fomos uma família muito unida, mas já fazia anos que não os via. Foi uma perda muito grande, indescritível;, desabafou, em entrevista ao Correio. Segundo Vanilda, Edson planejava voltar para o Brasil no mês que vem. ;O Edson estava com saudade da família e voltaria para Goiânia. Sua viagem estava programada para fevereiro;, conta.

Assistência


A Secretaria de Assuntos Internacionais de Goiás deve dar ajuda financeira para o traslado dos corpos. Ainda não está definido se as vítimas serão cremadas ou enterradas nos EUA. ;Nós vamos atuar em três frentes: ajudando com a parte burocrática, com a assistência financeira e nos encaminhamentos do seguro dos automóveis;, afirma Elie Chidiac, chefe da Secretaria de Assuntos Internacionais do estado. O Itamaraty também deve acompanhar as investigações e prestar apoio na parte burocrática, via Consulado de Miami. Goiás é a única unidade da Federação que possui um fundo de amparo às vítimas goianas que sofrem acidentes no exterior. O estado possui a segunda maior comunidade de imigrantes nos EUA, perdendo apenas para Minas Gerais.

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